Oposição e governo se enfrentam em evento da Força Sindical; Aécio foi aplaudido, e Dilma, vaiada
Governo e oposição se encontraram e se
estranharam no evento em homenagem ao Dia do Trabalho, promovido pela Força
Sindical, na praça Campos de Bagatelle, em São Paulo. Aécio Neves, candidato do
PSDB à Presidência da República, discursou. Classificou de “patético” o discurso
que Dilma fez na TV nesta quinta, disse que ela está distante dos trabalhadores
e não podia comparecer a um evento como aquele, tendo de “ficar trancada”.
Sustentou ainda ser preciso fazer “o resgate da Petrobras das garras daqueles
que fazem negócios em interesse próprio”.
Coube ao deputado
Paulinho da Força, presidente do partido Solidariedade, que está na oposição,
fazer o discurso mais duro contra Dilma. Numa alusão aos mensaleiros, mandou
ver: “O governo que deveria dar o exemplo está atolado na corrupção. Se fizer o
que a presidente Dilma falou ontem, quem vai parar na Papuda é ela”. Tanto Aécio
como Paulinho foram muito aplaudidos ao sentar a pua na gestão
petista.
Mas lá também
estavam defensores do governo Dilma, como o ministro Gilberto Carvalho,
secretário-geral da Presidência, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que é do
PDT, partido a que Paulinho pertencia e do qual se desligou para fundar o
Solidariedade.
Carvalho rebateu a
crítica de Aécio e afirmou que o governo elevou o salário mínimo em 70% — ele se
refere, claro, aos 11 anos de gestão petista, não apenas ao período Dilma. Disse
ainda que a presidente não vem a São Paulo apenas a cada quatro anos, quando há
campanha e repetiu a mentira de que os tucanos tentaram privatizar a Petrobras.
Foi mais longe: “Vocês sabem quem criou o fator previdenciário? Foi Fernando
Henrique Cardoso. Agora eles [tucanos] querem voltar com o senador Aécio Neves.
Vêm com promessas para vocês para um governo que eles não terão”. Foi
sonoramente vaiado.
Dias, o ministro,
criticou o discurso de Paulinho, que considerou agressivo demais com a
presidente. Mais vaias.
Alguns poderão dizer
que, no fim das contas, essa solenidade de Primeiro de Maio acabou sendo
política. Ora, claro que sim! Mas nada que se compare ao pronunciamento indigno
da presidente Dilma, nesta quarta, em rede nacional de rádio e TV. Usou o
aparelho de estado para fazer campanha eleitoral.
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