Área de cinco hectares conta com alojamento, campo de futebol e piscina.
Em novo espaço, mulheres, senegaleses e haitianos ficarão separados.
Entrada de chácara, localizada na estrada do Irineu Serra, em Rio Branco (Foto: Rayssa Natani/ G1)
O novo espaço alugado pelo governo do Acre para abrigar os imigrantes,
em sua maioria haitianos, vai custar R$ 20 mil por mês aos cofres
públicos, segundo informações da Secretaria de Justiça e Direitos
Humanos (Sejudh). O alojamento funcionará na Chácara Aliança, localizada
na estrada do Irineu Serra, em Rio Branco,
e tem capacidade para 500 pessoas. A transferência dos imigrantes do
Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, onde estão atualmente,
para o novo local, que ocorreria neste sábado (31), será feita a partir
de segunda-feira (30).Segundo o coordenador da Sejudh, Rucelino Barbosa, o contrato de aluguel é de pelo menos 12 meses. "A previsão é de um ano, enquanto o governo não encontra um espaço permanente, porque essa rota [de imigração] não vai ser extinta tão cedo", acredita.
Haitianos terão área de lazer (Foto: Rayssa Natani/ G1)
A extensa área de cinco hectares é dotada de alojamento, campo de
futebol e quadra de esportes. Também dispõe de piscina e açude, os quais
os imigrantes não terão acesso em razão do risco de afogamento. "Essa
área já foi isolada. Eles vão ter acesso à área coberta e área externa,
com espaço suficiente", diz. O local será dividido para que os
imigrantes possam ser separados de acordo com a nacionalidade e o sexo.
"Terá um local só para mulheres e cada grupo agora ficará no seu lugar,
haitianos em um e senegaleses em outro, para que eles possam ficar
culturalmente individualizados e também possam desenvolver seus cultos
religiosos", explica.
Imigrantes deixarão abrigo no Parque de Exposições
(Foto: Tácita Muniz/G1)
Sobre a polêmica envolvendo o governo de São Paulo, que criticou o
governo do Acre pelo envio de imigrantes sem aviso prévio, o coordenador
da Sejudh afirma que o Estado foi preconceituoso e que a maioria dos
imigrantes preferem ir para o Sul.(Foto: Tácita Muniz/G1)
"Eles vão para São Paulo não para permanecer lá, mas porque de lá pegam o ônibus para outros estados. Se você faz um levantamento dos mais de 22 mil que passaram por aqui, a maioria deles foi para o Sul do Brasil, principalmente para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná", explica. "Teve aquele grande problema de preconceito por parte do governo de São Paulo para com os haitianos, então o que acontece, muitas empresas foram lá e não conseguiram contratar, porque eles já haviam se deslocado para outros lugares", finaliza.
Quarto de novo alojamento possui camas e banheiro (Foto: Rayssa Natani/ G1)
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