MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Hospedagem de médicos cubanos em Salvador é alvo de críticas

Priscila Machado A TARDE

  • Fernando Amorim | Ag. A TARDE
    Profissionais estão hospedados no 19ª Batalhão do Exército
A  diferença entre a hospedagem destinada a médicos de Cuba e  a de profissionais de outras nacionalidades, em Salvador, ganhou repercussão nacional após matéria do Folha de S. Paulo. O jornal publicou, ontem,  texto sobre um suposto apartheid de que os  cubanos estariam sendo vítimas.
De acordo com a Folha,  os médicos de Cuba estão sendo   segregados ao  permanecer em alojamento militar enquanto os demais estão hospedados em um hotel, no centro da cidade.
A matéria lembra, ainda, que eles vão receber apenas uma parte da bolsa de R$ 10 mil e estão privados  de trazer parentes para o Brasil -    benefício exclusivo para os médicos  de outros países.

A assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, justificou, entretanto, que os profissionais do programa Mais Médicos, do governo federal, foram acolhidos em locais diferentes por uma questão de logística.
Segundo o órgão, como os profissionais das demais nacionalidades chegaram em menor número, na última sexta-feira, 23, e sábado, 24, foram hospedados no Hotel Vila Velha, no Corredor da Vitória.
Já os 50 médicos cubanos, que chegaram no último domingo, foram acomodados no 19º Batalhão de Caçadores (19º BC), no Cabula, por ter chegado em grupo maior.
Provisório - Os hóspedes do Vila Velha dispõem de ar-condicionado, TV LCD, frigobar, cofre individual, acesso à internet wireless (gratuito) e serviço de quarto até as 23h.
A assessoria de comunicação da 6ª Região Militar  não soube detalhar os serviços disponíveis nos alojamentos do 19º BC, entretanto, afirmou que as instalações são seguras e confortáveis.
Apesar de revelar a ausência de ar condicionado no quarto onde está no alojamento militar,  o  cubano Eli Perez, 45 anos,  elogiou o Mais Médicos e o local. "O programa está de parabéns, estou muito bem hospedado e estou feliz em poder ajudar os brasileiros", disse.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a hospedagem é provisória e, a partir de domingo, todos os médicos estrangeiros serão transferidos para o Instituto Anísio Teixeira, na Paralela.
A assessoria  do Ministério da Saúde justificou, ainda, que a  diferença de pagamento e a impossibilidade de trazer familiares para o País com recursos do governo acontecem porque a contratação dos cubanos é feita pelo governo de Cuba e mediante acordo firmado com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
"Eles são funcionários do governo cubano", disse o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro.
Nas próximas três semanas,  os  médicos estrangeiros continuam tendo aulas do módulo de avaliação do programa sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa, na Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis, na Federação.

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