Agência Estado
Integrante da base aliada da presidente Dilma Rousseff, ainda que esteja ensaiando um movimento para se descolar do PT, o governador Eduardo Campos (PSB) demonstrou frieza com o aceno político feito pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta quinta-feira, 29, quando o tucano declarou que deseja "construir um novo ciclo para o Brasil" ao lado do socialista. Ambos são cotados para disputar o Palácio do Planalto no próximo ano.
Campos considerou, em entrevista à imprensa após o jantar com Aécio, que todos podem ajudar a formar uma nova agenda para o País, "não necessariamente estando no mesmo espaço político". "Todos nós, cada um do seu jeito, cada um no seu campo político, vai ajudando a construir", disse, ao ser questionado sobre a declaração do tucano.
Instado a responder se, hoje, tem mais convergência com o governo ou a oposição, Campos respondeu citando o PT. "Temos valores em torno dos quais são importantes a gente ter posição de unidade, que são essenciais, como o respeito à democracia. Temos convergências, mas não somos só nós. o Partido dos Trabalhadores também tem convergência com o valor democrático", ponderou. O governador avaliou que o encontro com o tucano "não tem nada de extraordinário" e defendeu que seja preservada a necessidade de dialogar e ter "portas abertas". Esta semana, ele criticou a presidente Dilma Rousseff por causa da falta de diálogo.
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