MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 31 de agosto de 2013

Comentários de jovem do RS sobre negros causa revolta no Twitter


Universitária diz ter sido quase atropelada por casal de negros na capital.
Ao G1, estudante afirmou que se arrependeu de 'brincadeiras maldosas'.

Do G1 RS

Estudante universitária faz comentários racistas no Twitter e causa revolta em internautas (Foto: Reprodução/Twitter)Jovem faz comentários racistas no Twitter e causa revolta em internautas (Foto:Reprodução/Twitter)










Comentários postados na conta do Twitter de uma estudante do curso de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) causaram revolta de usuários da rede social na noite desta sexta-feira (30) pelo conteúdo propagado como racista.
Segundo as postagens, um carro com um casal negro quase atropelou a jovem, fato que a teria motivado a escrever: “Acabei de ser quase atropelada por um casal de negros. Depois vocês falam que é racismo, mas TINHA QUE SER, né?”. Em seguida, complementa: “E estavam num carro importado. Certo que é roubado”.
Após a polêmica, a internauta gaúcha recebeu diversas mensagens de reprovação de usuários do Twitter. Centenas de mensagens de repúdio foram direcionadas para o perfil da estudante. Frases como: "VAMOS CONSTRANGÊ-LA. Racistas, aqui não"; "ñ ta com nada com esse racismo em .. koé , vai ficar ruim pra ti agora .." (sic); "Que cabeça bizarra dessa moça! Racismo aqui não!"; "puts, quando a frase começa com "eu não sou racista, MAS..." é porque a pessoa vai falar algo racista! que menina ridícula".
O G1 entrou em contato com Marina Ceresa por meio de seu perfil no Facebook. Ela afirmou não ser racista e disse ter feito brincadeiras de mau gosto. “Que fique claro, o que aconteceu foram brincadeiras maldosas de minha parte, comentários negativos que eu não deveria ter falado publicamente e na rede social errada. Eu não sou racista, deixei especificado na nota que eu coloquei no meu Facebook”, escreveu.
Entenda o caso
Ao todo, foram três publicações que ensejaram dezenas de respostas no microblog. “Eu não sou racista, aliás, eu não tenho preconceitos. Mas, cada vez que aprontam uma dessas comigo, nasce 1% de barreira contra PRETOS em mim”, escreveu também a jovem.
As publicações foram compartilhadas por outros internautas, tanto no Twitter como em diversos perfis do Facebook. O Centro Acadêmico Arlindo Pasquali (CAAP) da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUC-RS, onde ela estuda, publicou uma nota lamentando o ocorrido.

“O CAAP divulga esta nota para que casos como esse não se repitam. Devemos denunciar e nos posicionar em situações como esta. O nosso papel enquanto centro acadêmico é repudiar veemente esta atitude e não permitir que o racismo esteja presente na Famecos. Lutamos por uma Famecos sem preconceito e, por isso, deixar de expor este acontecimento seria legitimar o racismo presente em nossa faculdade”, diz trecho da nota.
Depois do ocorrido Marina deletou sua conta no Twitter, mas manteve seu perfil pessoal no Facebook, onde publicou uma nota se desculpando pelo fato. Depois, esta mensagem também foi apagada.
Usuários do Twitter retuitaram ainda postagens feitas no perfil da jovem depois de toda a repercussão na rede social. Neles a menina tenta se explicar. “ MEU DEUS AS PESSOAS NAO SABEM BRINCAR MAIS”. Na sequência ela diz: “Uma das minhas melhores amigas é negra”.
Antes, no entanto, ela teria respondido às críticas com as mensagens a seguir, que foram reproduzidas por outros usuários:

“Todo mundo aqui é de boa com gays, né? Todo mundo aqui é de boa com mulher que da pra todo mundo, né? Todo mundo (...) gosta de indio, né?” (sic).
“Me denunciem.”.
“ NINGUEM NUNCA xingou um negro né?”

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