MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cresce número de mortes após intoxicação por chumbinho em PE


Dezenove pessoas morreram por ingerir o produto por engano em 2013.
No ano passado, durante o mesmo período, foram 14 em Pernambuco.

Do G1 PE

Dezenove pessoas morreram em Pernambuco, do início do ano até agora, vítimas de intoxicação por chumbinho, agrotóxico de venda proibida, comumente utilizado como veneno para ratos. São quatro vítimas a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 15 mortes. Entre as vítimas mais frequentes estão crianças, que podem confundir o produto com granulado de chocolate pelo tamanho, pela textura e aparência. Desde janeiro, o estado contabilizou 135 casos de intoxicação pela substância.
O chumbinho tem venda proibida por oferecer risco à saúde pública, mas a substância é utilizada frequentemente pela população na tentativa de erradicar colônias de rato dentro de casa. A coordenadora do Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox), Lucineide Porto, afirmou que o produto não deve ser usado para este fim. "Chumbinho não é raticida, é um produto clandestino. Ele é utilizado na agricultura, mas pode ser desviado para a zona urbana e vendida como tal", explicou, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta quarta (28).  O Ceatox é ligado à Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) instituiu, em 2008, um programa de combate ao comércio do produto. A coordenadora do programa, Susiane Lopes, afirmou que existem ações coercitivas da polícia para identificar e proibir o comércio do chumbinho. "Quem for pego vendendo pode pegar uma pena de um a três anos de prisão ou multa. Ele também pode cair na lei de crimes ambientais, uma vez que o produto vai contra a saúde pública. Tem que ser denunciado", disse.
O Ceatox, localizado na Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, área central do Recife, tem um centro de atendimento gratuito especializado para orientar pessoas por telefone. Os profissionais de saúde recebem entre 20 e 30 ligações diariamente, orientam os moradores e procurar a unidade de saúde mais próximas e se colocam à disposição dos médicos para tirar qualquer dúvida com relação à intoxicação pelo produto.

"A família pode ligar e dizemos qual é a unidade mais próxima. Esse hospital estará apto para atendê-lo. Se o médico tiver algum dúvida, dizemos qual a conduta a ser feita", explicou Lucineide Porto. O telefone para atendimento do Ceatox é gratuito e funciona 24 horas por dia pelo 0800-722-6001.

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