O
Black XP BootCamp desembarca em Feira de Santana com a proposta de
capacitar jovens dissidentes, negros e indígenas, cis e trans, entre
17 e 25 anos, universitários e estudantes técnicos, para criar,
apresentar e monetizar seus próprios jogos digitais, alicerçados em
identidade cultural e excelência técnica. Organizado por meio de uma
jornada gamificada de 12 semanas (240 horas), o programa combina
videoaulas gravadas, encontros ao vivo e culmina em uma semana imersiva
presencial, na qual os participantes desenvolvem um protótipo de jogo
jogável e apresentável, além de apresentarem o jogo para uma banca de
jurados e receberem NFT de certificação para portfólio profissional.
Com
o objetivo de garantir diversidade e inclusão em sua essência, o
bootcamp oferece 30 bolsas parciais e integrais (50%, 70% e 100%) e
seleciona os participantes com enfoque em marcadores identitários e
trajetória formativa.
As
inscrições estão abertas de 25 de julho a 28 de agosto, divulgação dos
selecionados para bolsas no dia 30 de agosto e as aulas têm início em
02 de setembro de 2025.
O
programa prevê entregas finais que incluem protótipos executáveis,
apresentação de pitch e certificação em NFT, com premiações ao longo da
jornada, como gift cards para plataformas de games, assinaturas de
softwares e streaming e, ao final, kits de premiação para os 3 melhores
jogos desenvolvidos.
O
projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc
Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da
Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da
Cultura - Governo Federal. O Black XP BootCamp foi selecionado entre 12
projetos audiovisuais voltados à formação cultural, valorizando
iniciativas protagonizadas por pessoas negras e conta com apoio
institucional da Alura e Fiap.
“Estar
na Black XP Game Jam é um reencontro ancestral. Já fui impactada por
iniciativas como essa, e hoje faço parte de quem constrói esse espaço
onde pessoas negras podem criar, errar e aprender com liberdade. Como
desenvolvedora de software, acredito no poder da tecnologia como
ferramenta de transformação, mas, acima de tudo, acredito no poder da
coletividade. Para além de estarmos criando jogos, estamos hackeando o
sistema com visão de futuro. Isso é a Black XP”, declara Andressa
Borges, desenvolvedora de software sênior, mulher negra periférica e
líder técnica no time do Black XP Game Jam, que une código,
ancestralidade e impacto social.
Sob
o conceito criativo “Feira é Código”, a campanha posiciona Feira de
Santana não apenas como passagem, mas como ponto de partida para
protagonismo tech negro. Inspirada na imagem da “Princesa do Sertão” que
antes era figura passiva, agora é realeza do código. O projeto propõe
uma releitura potente: “Ela aprendeu a hackear o sistema, é líder de
squad e mentora, reprograma narrativas coloniais com autonomia e visão
de futuro.” Visualmente, a Princesa do Sertão remete ao afrofuturismo
sertanejo, combinando turbante como headset, adereços tecnológicos e
linguagem estética híbrida.
O
lançamento regional do Black XP BootCamp em Feira de Santana representa
uma afirmação de território e futuro: Feira não é só passagem, é
chegada, onde jovens pretos e indígenas ganham ferramentas para
programar seus próprios destinos e jogos para o mundo.
SERVIÇO
O quê: Black XP BootCamp – Feira de Santana
Quando:
Inscrições de 25 de julho a 28 de agosto; divulgação de resultados de
bolsas 30 de agosto e aulas a partir de 02 de setembro (11 semanas + 1
semana imersiva)
Onde: Plataforma digital + imersão presencial em Feira de Santana
Público:
Jovens de 17 a 25 anos, estudantes técnicos e universitários em
tecnologia, design e áreas afins, negros e indígenas, cis e trans,
residentes em Feira de Santana (BA)
Investimento: Gratuito para 30 bolsistas; taxa regular com bolsas de 50%, 70% e 100%
Inscrições e informações: www.blackxp.com.br
ASSESSORIA | INFORMAÇÕES | ENTREVISTAS
Caroline Vilas Bôas
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