Ele afirmou que torce para que “as autoridades responsáveis deixem de lado as questões políticas e ideológicas das alianças internacionais” para solucionar o problema
10 horas e 10 minutos
Por Mateus Soares
Durante coletiva realizada nesta sexta-feira (18), o prefeito Bruno Reis (União Brasil) fez críticas em relação à “condução da política internacional” do governo Lula (PT) ao comentar sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros. Ele afirmou que torce para que “as autoridades responsáveis deixem de lado as questões políticas e ideológicas das alianças internacionais” para solucionar o problema.
“A partir do momento em que o Brasil vai se aliar com o Hamas, vai se aliar com o Irã, vai se aliar com a Rússia, vai defender a ex-presidente da Argentina que está presa por corrupção, acaba gerando conflitos internacionais, além das críticas que são feitas ao governo americano”, disse o atual gestor da capital baiana. Ele se referiu a posicionamentos recentes do presidente Lula no cenário internacional.
Na mesma entrevista, após a entrega da requalificação da Avenida Jorge Amado, no Imbuí, em Salvador, Bruno disse esperar que “todos tenham sensatez e não prejudiquem o mercado brasileiro, os produtores brasileiros e a indústria brasileira, que gera empregos, gera tributos”. Na ocasião, ele também criticou o cenário de “extremismo” e de “interferência da política em questões tributárias” — referenciando o impasse entre o governo Lula e o Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Nós, prefeitos, temos que governar com a queda de arrecadação que está ocorrendo, com o cenário de incerteza para o ano que vem em relação a tudo que está acontecendo, e o quanto nosso desafio se torna mais complexo, e mais difícil”, contou, pontuando a possível influência destes fatores no rumo das eleições do ano que vem. “Eleição ainda é ano que vem, mas não vamos deixar que a eleição se contamine por esse ambiente, que é, infelizmente, cada vez mais radical e de extremismo”, avaliou.
PDDU
Na mesma agenda, Bruno rebateu as críticas da oposição em relação ao atraso na revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) em Salvador, afirmando que seus opositores “desconhecem a legislação”. “Quem está questionando o prazo precisa estudar. Não há obrigação em nenhum lugar que o PDDU tivesse que ser renovado em oito anos”, respondeu.
Ao responder jornalistas presentes, Bruno mencionou o impacto da pandemia de Covid-19 no setor imobiliário da capital como um fator para o adiamento da revisão, e relembrou a existência do Estatuto da Cidade, que prevê um prazo máximo de até 10 anos para que a revisão do PDDU seja feita, o que manteria a Prefeitura de Salvador ainda dentro do período legal.
“O que há é uma sugestão da Lei Orgânica, não uma imposição, de que fosse renovado depois de oito anos. Nós tivemos três anos de pandemia, onde parou o mercado imobiliário da cidade. Agora que ele está aquecido, qualquer mudança iria gerar graves transtornos para a cidade”, justificou Bruno.
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