Animais enxergam as cores de maneira diferente do ser humano
Para
que um animal possa perceber as inúmeras cores, precisa ter pelo menos
duas classes diferentes de células sensíveis à cor em seu olho.
A
retina das pessoas capta três tipos de cores: o azul, vermelho e verde,
o que permite enxergar uma variedade enorme de cores. Existem dois
tipos de células sensíveis à luz no olho: os cones e os bastonetes. Os
humanos possuem até seis milhões de cones na retina. Enquanto os
bastonetes respondem à intensidade luminosa (níveis baixos ou altos de
luz), os cones leem as frequências da luz, permitindo que as cores sejam
identificadas, informa Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News .
Assim,
os bastonetes permitem ver de noite ou com pouca luz e os cones
possibilitam perceber distintas cores. Tanto nos bastonetes como nos
cones, existem moléculas de um tamanho relativamente grande que absorvem
os fótons que chegam a elas e que são as que produzem finalmente
impulsos elétricos no nervo óptico.
O
cérebro dos animais interpreta a combinação das frequências de uma
forma diferente. Para que um animal possa perceber as inúmeras cores,
precisa ter pelo menos duas classes diferentes de células sensíveis à
cor em seu olho, os cones, e uma capacidade cerebral que possa entender
as mensagens que recebe destas células.
Os
gatos reagem apenas às cores violeta, azul, verde e amarelo. Como
resultado dessa condição, a visão deles é embaçada e eles não conseguem
ver os detalhes de objetos. Apesar de não terem uma visão capaz de
distinguir muitas cores, eles são capazes de detectar qualquer
movimento. Isto também é reflexo do campo de visão dos gatos, que é de
200°. O do ser humano é de 180°. Tal característica permite que o animal
tenha uma visão panorâmica mais ampla.
"O
gato enxerga no escuro cerca de seis a oito vezes melhor do que os
humanos, e isso se deve a presença de diversos bastonetes na visão, que é
um componente da retina responsável pela recepção de luz no escuro",
salienta Vininha F. Carvalho.
O
cão pode ver em cor, mas não tantas cores como os humanos, já que
possui só dois tipos distintos de cones. Ele consegue distinguir o azul
do amarelo, do vermelho ou do verde, mas não diferencia o vermelho do
verde. Os caninos veem na escuridão de quatro a cinco vezes melhor do
que o ser humano.
A
pomba possui até cinco tipos diferentes de cones, logo percebe mais
cores do que um ser humano. A borboleta possui quatro tipos diferentes
de cones. Um tipo de camarão tem pelo menos doze classes de células
sensíveis à cor e provavelmente seja o animal que mais cores percebam.
Há
casos de animais que não possuem cones e só disponha de bastonetes em
seu olho. Eles não poderão perceber cor alguma, apenas mudanças de
intensidade de luz. Seu mundo é um mundo de sombras, no qual as sombras
menos escuras correspondem a mais luz e as menos escuras, a menos luz.
Este é o caso, por exemplo, das salamandras.
Também
não verá a cor um animal que, além de bastonetes, só possua um tipo de
cone (são necessários dois, no mínimo, para distinguir cores). Assim,
seu mundo não será em escala de cinzas como, no caso da salamandra, mas
na escala da única cor que percebam seus cones. Isso é que acontece com o
polvo.
Ainda há o
caso de animais que possuem células sensíveis a frequências que ficam em
faixa do espectro eletromagnético não visível para os olhos humanos. É o
caso das abelhas, que veem a luz ultravioleta (UV), uma frequência que é
invisível para os humanos. "As abelhas usam esta visão em UV para ver
os padrões das pétalas florais, os quais lhe indicam onde se encontra o
néctar", conclui Vininha F. Carvalho.
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Del Valle Editoria
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