Ao
mesmo tempo, as gigantes da tecnologia não param de fazer anúncios
sobre novas ferramentas de IA que vão transformar o ecossistema da
saúde. Em testes com mais de 300 casos clínicos desafiadores, um novo
sistema de IA que deve ser lançado pela Microsoft acertou mais de 80%
dos diagnósticos, enquanto médicos humanos, sem apoio de colegas ou
recursos, acertaram 20%. Fato é que a inteligência artificial está cada
vez mais presente na rotina clínica, sendo aplicada para dar suporte a
diagnósticos complexos, reduzir dúvidas e tornar o atendimento ao
paciente mais ágil, eficiente e humanizado.
Mas,
ao contrário do que se pensa, ao invés de substituir o médico, a IA
atua como um assistente. “Vivemos um momento de transição, em que o
conhecimento médico passa a ser potencializado por sistemas
inteligentes. A inteligência artificial como agente de saúde surge como
aliada do raciocínio clínico, interpretando o contexto e executando
ações que o médico irá validar. Além de organizar grandes volumes de
informação, transcrever consultas e apontar caminhos possíveis com base
em dados sólidos”, afirma Christiano Berti, diretor da Unidade de
Medicina Diagnóstica da MV.
Nesses
casos, a tecnologia auxilia não só na análise de imagens, mas na
identificação precoce de doenças, no cruzamento de exames laboratoriais
com sintomas e até na sugestão de condutas clínicas. Tudo isso reduz o
tempo entre a suspeita e o diagnóstico, fortalecendo a tomada de
decisão, especialmente em contextos de alta complexidade. Com o apoio da
IA, o médico também deixa de depender exclusivamente da memória e da
análise manual de dados, e passa a contar com uma ferramenta inteligente
que evidencia informações relevantes e destaca o que poderia passar
despercebido.
“Nossa
experiência com nossos produtos com IA, criados especialmente para o
setor da saúde, nos mostra que, quando a tecnologia respeita o ambiente
clínico e compreende o contexto assistencial, ela deixa de ser apenas
uma ferramenta e passa a ser uma extensão da equipe de saúde. É isso que
temos buscado com eles: criar uma inteligência que entende, apoia e age
no tempo certo, onde quer que o cuidado aconteça”, diz Berti.
Ao
automatizar tarefas repetitivas e burocráticas e organizar os dados
clínicos, ferramentas com IA permitem que os profissionais se dediquem
mais a ouvir, acolher e acompanhar o paciente de forma atenta e
personalizada. O tempo, que antes era gasto buscando informações, pode
agora ser direcionado para o diálogo e a construção de uma relação de
confiança.
“A
tecnologia não afasta o médico do paciente, ela aproxima. Ao estar mais
bem informado e menos sobrecarregado com tarefas administrativas, o
profissional consegue dedicar mais ao momento da consulta. Quando o
olhar humano se alia à inovação tecnológica todos saem ganhando: o
médico, o sistema de saúde e principalmente o paciente”, conclui
Christiano.
Recentemente
a MV criou a MaVi, a inteligência artificial proprietária da companhia,
desenvolvida para atuar de forma integrada e adaptativa em diferentes
momentos da jornada de cuidado. Ela se apresenta em múltiplas formas,
desde recursos embarcados nos sistemas da empresa, como o Prontuário
Eletrônico do Paciente até assistentes virtuais por voz e dispositivos
físicos. Além disso, a empresa desenvolveu o portfólio de inteligência
artificial da plataforma VIVACE, o mais robusto catálogo aplicado ao
diagnóstico por imagem, reunindo 70 inteligências artificiais
especializadas, focadas em diferentes patologias e regiões do corpo,
atuando de forma integrada a diversos módulos para agilizar e aprimorar
os diagnósticos.
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