Trump afirmou ainda que está "muito preocupado com os ataques à liberdade de expressão - tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos
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Apesar
de a carta enviada pela diplomacia brasileira ao governo americano ter
pedido o retorno de negociações "técnicas" sobre o tarifaço, o
presidente dos EUA, Donald Trump, voltou nesta quinta-feira, 17, a
insistir na tese política para aplicar uma taxa de 50% aos produtos do
Brasil. Segundo ele, a medida é uma "manifestação de desaprovação" em
relação à ação penal do golpe de Estado, que tem como réus o
ex-presidente Jair Bolsonaro e assessores próximos, incluindo militares.
"Tenho
manifestado fortemente minha desaprovação tanto publicamente quanto por
meio da nossa política tarifária", escreveu o americano em uma carta
publicada na Truth Media e endereçada a Bolsonaro. "É minha sincera
esperança que o governo do Brasil mude seu rumo, pare de atacar
oponentes políticos e coloque fim ao ridículo regime de censura", disse o
presidente americano.
Trump afirmou ainda que está "muito
preocupado com os ataques à liberdade de expressão - tanto no Brasil
quanto nos Estados Unidos - provenientes do atual governo", em nova
crítica a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que atingem redes
sociais que têm sede nos EUA.
O presidente americano disse não
se surpreender que Bolsonaro "lidere nas pesquisas" de intenção de voto,
e afirmou que o ex-presidente sofre "tratamento terrível pelas mãos de
um sistema injusto que se voltou" contra ele.
Pesquisa
Genial/Quaest divulgada ontem aponta que Bolsonaro - que está legalmente
inelegível - perderia a eleição em segundo turno se disputasse com
Lula, que teria 43% ante 37% do ex-presidente.
Imprensa americana
Reportagem publicada ontem pelo jornal The Washington Post
mostra que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do
ex-presidente, "está trabalhando em estreita colaboração com a Casa
Branca para impor sanções" ao ministro Alexandre de Moraes, que julga o
caso da tentativa de golpe de Estado no Supremo.
De acordo com o
jornal americano, após o tarifaço, Eduardo pressiona Trump "a ir mais
longe" e cita um vídeo gravado pelo deputado em frente à Casa Branca e
publicado nas redes sociais, na quarta-feira, em que ele disse que saía
de uma "rodada de reuniões com autoridades americanas". "As coisas estão
acontecendo neste exato momento", disse Eduardo, referindo-se às
sanções contra Moraes. "Decisões estão sendo tomadas."
O Post
relata que, "ao lado dele no vídeo, estava Paulo Figueiredo, um
influenciador brasileiro de direita que foi acusado de participar do
suposto plano de golpe". "Figueiredo disse que sanções a 'aliados e
apoiadores' de Moraes também foram discutidas. As tarifas de Trump,
disse ele, foram o início de uma jornada que pode ser sombria para o
Brasil", diz o jornal americano na reportagem.
Fonte: Agência Brasil
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