A
senadora Damares Alves (Republicanos-DF) subiu à Tribuna do Senado,
nesta terça-feira (15), para repudiar a denúncia da Procuradoria-Geral
da República (PGR) ao ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de
golpe de Estado e comparou o julgamento dele aos que eram realizados por
regimes totalitários.
(Assista ao vídeo)
A
parlamentar fez um paralelo com o julgamento da ex-deputada da
Tcheco-Eslováquia Milada Králová, condenada e morta por enforcamento, em
1950, após julgamento de controverso promovido pelo regime comunista
que havia tomado o poder no país dois anos antes.
Segundo
Damares Alves, é típico de regimes totalitários utilizar-se do sistema
de justiça para travestir de legalidade a perseguição a adversários
políticos, o que para ela pode estar ocorrendo no Brasil na condução do
julgamento contra Bolsonaro.
“Um
homem sem qualquer condenação por corrupção, nunca roubou um centavo. É
assim que eles fazem. Usam o sistema de forma cruel e se escondem atrás
de um tribunal”, protestou.
A
senadora questionou qual será a reação dos seguidores do ex-presidente
em caso de condenação e se ele seria capaz de suportar o cárcere, aos 70
anos de idade, com saúde debilitada após facada recebida por militante
de esquerda na campanha presidencial de 2018.
*Entenda o caso*
A
PGR apresentou, ontem, parecer na ação penal que investiga suposta
tentativa de golpe de Estado e, nele, classificou o ex-presidente Jair
Messias Bolsonaro como “líder da organização criminosa”.
No
texto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação
de Bolsonaro pelos crimes de liderar organização criminosa armada,
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe
de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o
patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e
deterioração de patrimônio tombado.
“O
atual presidente prometeu vingança quando saiu da cadeia. E essa
vingança está se concretizando por meio de um tribunal”, afirmou a
senadora.
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