São Paulo, julho de 2025 – Às vésperas do Dia do Homem,
comemorado em 15 de julho, um novo levantamento traça um panorama atual
da saúde do colaborador no Brasil. Os dados revelam avanços importantes
em hábitos preventivos, como o aumento da prática de atividade física e
a redução do tabagismo. Ao mesmo tempo, sobrepeso e saúde mental
continuam a exigir atenção. O levantamento foi realizado pela Pipo
Saúde, no período de janeiro a dezembro de 2024, com a participação de
9.691 colaboradores, de empresas de diferentes portes, com perfis e
segmentos diferenciados.
“Os
homens, independente de faixa etária, não têm o hábito de investir no
autocuidado e prevenção, e só recorrem à saúde quando não há outra
opção. O perfil de busca por atendimento médico masculino ainda é
reativo e influenciado por pressões externas, e não proativo e orientado
à prevenção. Romper esse padrão exige políticas que promovam o
autocuidado como um valor social”, comenta Arthur Geise, Diretor Médico
da Pipo Saúde.
A
data, criada para incentivar o autocuidado e a conscientização sobre
questões que afetam a saúde física e emocional dos homens, reforça a
importância de olhar com profundidade para esses indicadores — não
apenas neste mês, mas ao longo de todo o ano.
"Ainda
existe uma limitação cultural para que o homem acompanhe sua saúde e
invista no seu autocuidado, mas isso precisa mudar. Diferente da mulher,
que é orientada a realizar exames preventivos ginecológicos à partir
dos 25 anos, com o papanicolau, o homem não tem exames ou incentivos
específicos para buscar profissionais de saúde”, explica Arthur Geise,
“A vantagem de se ter um exame específico para fazer é que, ao visitar
um profissional da saúde, acabamos falando sobre nossa saúde como um
todo e assim, abrimos nossos olhos para o autocuidado. O Dia do Homem
serve como um incentivo à essa busca por saúde, mesmo sem ter um exame
obrigatório. Até porque, a parte mais valiosa da prevenção não está nos
exames, mas numa boa conversa clínica em consulta”.
Dados que precisam de atenção
Apesar dos avanços em estilo de vida, o controle do peso segue como um desafio. O sobrepeso entre os homens aumentou de 38,7% para 42,3%, e
os casos de obesidade grau I também cresceram. A obesidade mórbida,
embora atinja uma fatia menor da população, também apresentou aumento.
A
saúde emocional do homem ainda merece atenção. O número de homens com
saúde mental considerada normal subiu de 12,5% para 17,2%, mas quadros de riscos de saúde mental leves, moderados e graves ainda representam mais de 80% dos casos.
A melhora, embora tímida, aponta para uma crescente abertura ao cuidado
psicológico — tema muitas vezes negligenciado entre o público
masculino.
Quanto ao consumo de álcool, houve uma queda significativa no consumo excessivo, que passou de 11,7% para 7,5%. No entanto, o consumo moderado cresceu de 20,8% para 32,7%, o que exige acompanhamento para evitar possíveis excessos a longo prazo.
Lado positivo do levantamento
Um dos destaques positivos do estudo é a expressiva redução do sedentarismo. A proporção de homens inativos fisicamente caiu de 54,9% em 2023 para 31,4% em 2024.
Ao mesmo tempo, o número de homens ativos cresceu para 68,3% — um
avanço significativo que mostra maior engajamento com a saúde
preventiva.
Outro
ponto positivo é a queda no tabagismo. O número de não fumantes subiu
de 76% para quase 80%, e o de ex-fumantes também aumentou. Já a
proporção de fumantes ativos caiu para 11,2%, mostrando uma mudança de
comportamento importante.
“Os
desafios futuros envolvem uma mudança cultural para o homem, com foco
no autocuidado como controle de sobrepeso, cuidado com a saúde mental,
adequação da alimentação e prática de atividades físicas. Atrair o homem
para o autocuidado, sem promover exames ou criar
demandas desnecessárias para isso, é bastante desafiador. Felizmente, o
movimento da qualidade de vida tem aumentado e pode ser um catalisador
para a saúde masculina”, complementa Arthur.
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