Novas misturas têxteis prometem oferecer tecidos mais seguros e confortáveis, com custo viável para os brigadistas
O
fenômeno El Ninõ chegou ao Brasil e, segundo especialistas, as regiões
Norte e Nordeste podem ficar mais quentes e com eventos de secas mais
agudas. Diante disso, é urgente o alerta de riscos de queima, prevenção e
combate ao fogo durante o período de estiagem. O LIRA/IPÊ
- Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ - Instituto de Pesquisas
Ecológicas desenvolve atualmente um projeto que pode evitar o
agravamento da destruição na Amazônia. Aprimorar os equipamentos de
proteção individual (EPIs) utilizados pelos profissionais que combatem e
previnem incêndios. Esse é o objetivo da pesquisa que pode beneficiar
milhares de brigadistas envolvidos na proteção dos territórios e
conservação da biodiversidade. O LIRA/IPÊ, em parceria com o ICMBio
(Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e a Igbtex,
empresa especializada em pesquisa de novos produtos, está atualmente em
fase de testes para o desenvolvimento de tecidos e peças mais seguras e
confortáveis para a atuação dos brigadistas que atuam com incêndios
florestais. Além de garantir a proteção e o conforto dos profissionais, a
pesquisa poderá resultar em peças com melhor custo benefício.
A
cada ano, o ICMBio adquire aproximadamente três mil peças de vestuário
para os brigadistas, como calças e gandolas. Atualmente, a maioria dos
uniformes utilizados na prevenção e combate a incêndios é feita de
algodão, um tecido de custo mais acessível. Os tecidos importados com
homologação antichama são muito eficientes. Contudo, os custos são mais
elevados.
Para
João Morita, Coordenador de Manejo Integrado do Fogo – CMIF do ICMBio, é
necessária uma atenção especial para os profissionais. “Temos uma
grande preocupação com a segurança e bem-estar dos brigadistas,
especialmente aqueles que atuam na linha de frente da prevenção e
combate a incêndios, uma atividade extenuante e que envolve muitos
riscos. Precisamos garantir boas condições de trabalho e equipamentos e
uniformes de qualidade para que essas pessoas possam desenvolver suas
atividades de forma segura e eficiente. Considerar as especificidades
regionais e as necessidades mais específicas das diversas atividades
relacionadas a prevenção e combate, e ainda incorporar elementos de
custo benefício nessa análise, trará um salto de qualidade nos futuros
materiais adquiridos.”
Segundo Fabiana Prado, bióloga e gerente geral do LIRA/IPÊ,
considerando a ocorrência cada vez maior de incêndios florestais, que
tendem a se agravar por conta das mudanças climáticas, é importante
buscar inovações não apenas na gestão das áreas protegidas, mas também
em abordagens, protocolos e tecnologias que ampliem a proteção dos
territórios e a segurança e melhoria nas condições de trabalho e bem
estar dos envolvidos na prevenção e combate aos incêndios. O LIRA tem a
oportunidade de dar um passo nessa direção.
A
pesquisa teve início com análises de campo, além de entrevistas com
brigadistas, servidores e coordenadores do ICMBio. Os pesquisadores
buscaram compreender as diferentes atividades desempenhadas por cada
brigadista no combate e prevenção de incêndios, assim como a influência
das características regionais e do clima na rotina desses profissionais.
De
acordo com José Barone, responsável por projetos de inovação na Igbtex,
foi constatado que, há espaço para diversas melhorias nos uniformes,
tornando-os mais seguros e confortáveis, além de ser possível reduzir o
próprio custo de aquisição. "Ou são muito seguros e pouco confortáveis,
ou são mais confortáveis e menos seguros. As peças não proporcionam
comodidade para cada atividade específica dos brigadistas. São itens
mais neutros e padronizados", explica especialista na área têxtil.
Portanto,
os pesquisadores estão buscando matérias-primas disponíveis no mercado e
fazendo misturas têxteis para desenvolver um novo tecido que seja mais
resistente do que o algodão.
Segundo
o especialista, quando a chama atinge o tecido de algodão, ele queima
rapidamente, chegando facilmente à pele dos brigadistas. O novo mix de
tecidos que está sendo estudado e testado não será antichamas ou à prova
de fogo, mas deve ser mais repelente e resistente à temperatura.
"Como
cada esquadrão possui características diferentes, queremos desenvolver
um produto mais econômico e também mais segmentado por região,
trabalhando com mais inteligência e oferecendo mais segurança e
comodidade para os brigadistas", informa José Barone, responsável pela
pesquisa.
Caso
os testes sejam bem-sucedidos, Barone informa que o produto deverá ser
disponibilizado em dezembro. "Temos a preocupação e a responsabilidade
social de criar um produto melhor e mais inteligente. Estamos muito
felizes em participar do LIRA/IPÊ e reconhecemos a importância da união
do poder público, privado e organizações da sociedade civil".
A
cada ano, o ICMBio adquire aproximadamente três mil peças de vestuário
para os brigadistas, como calças e gandolas. Atualmente, a maioria dos
uniformes utilizados na prevenção e combate a incêndios é feita de
algodão, um tecido de custo mais acessível. Os tecidos importados com
homologação antichama são muito eficientes. Contudo, os custos são mais
elevados.
Para
João Morita, Coordenador de Manejo Integrado do Fogo – CMIF do ICMBio, é
necessária uma atenção especial para os profissionais. “Temos uma
grande preocupação com a segurança e bem-estar dos brigadistas,
especialmente aqueles que atuam na linha de frente da prevenção e
combate a incêndios, uma atividade extenuante e que envolve muitos
riscos. Precisamos garantir boas condições de trabalho e equipamentos e
uniformes de qualidade para que essas pessoas possam desenvolver suas
atividades de forma segura e eficiente. Considerar as especificidades
regionais e as necessidades mais específicas das diversas atividades
relacionadas a prevenção e combate, e ainda incorporar elementos de
custo benefício nessa análise, trará um salto de qualidade nos futuros
materiais adquiridos.”
Segundo Fabiana Prado, bióloga e gerente geral do LIRA/IPÊ,
considerando a ocorrência cada vez maior de incêndios florestais, que
tendem a se agravar por conta das mudanças climáticas, é importante
buscar inovações não apenas na gestão das áreas protegidas, mas também
em abordagens, protocolos e tecnologias que ampliem a proteção dos
territórios e a segurança e melhoria nas condições de trabalho e bem
estar dos envolvidos na prevenção e combate aos incêndios. O LIRA tem a
oportunidade de dar um passo nessa direção.
A
pesquisa teve início com análises de campo, além de entrevistas com
brigadistas, servidores e coordenadores do ICMBio. Os pesquisadores
buscaram compreender as diferentes atividades desempenhadas por cada
brigadista no combate e prevenção de incêndios, assim como a influência
das características regionais e do clima na rotina desses profissionais.
De
acordo com José Barone, responsável por projetos de inovação na Igbtex,
foi constatado que, há espaço para diversas melhorias nos uniformes,
tornando-os mais seguros e confortáveis, além de ser possível reduzir o
próprio custo de aquisição. "Ou são muito seguros e pouco confortáveis,
ou são mais confortáveis e menos seguros. As peças não proporcionam
comodidade para cada atividade específica dos brigadistas. São itens
mais neutros e padronizados", explica especialista na área têxtil.
Portanto,
os pesquisadores estão buscando matérias-primas disponíveis no mercado e
fazendo misturas têxteis para desenvolver um novo tecido que seja mais
resistente do que o algodão.
Segundo
o especialista, quando a chama atinge o tecido de algodão, ele queima
rapidamente, chegando facilmente à pele dos brigadistas. O novo mix de
tecidos que está sendo estudado e testado não será antichamas ou à prova
de fogo, mas deve ser mais repelente e resistente à temperatura.
"Como
cada esquadrão possui características diferentes, queremos desenvolver
um produto mais econômico e também mais segmentado por região,
trabalhando com mais inteligência e oferecendo mais segurança e
comodidade para os brigadistas", informa José Barone, responsável pela
pesquisa.
Caso
os testes sejam bem-sucedidos, Barone informa que o produto deverá ser
disponibilizado em dezembro. "Temos a preocupação e a responsabilidade
social de criar um produto melhor e mais inteligente. Estamos muito
felizes em participar do LIRA/IPÊ e reconhecemos a importância da união
do poder público, privado e organizações da sociedade civil".
Nenhum comentário:
Postar um comentário