MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 22 de outubro de 2022

Segundo turno dessas eleições aumentou incerteza sobre a presidência do Senado

 



Rodrigo Pacheco assume Presidência da República por quatro dias | Agência  Brasil

Rodrigo Pacheco terá muita dificuldade para se reeleger

Silvio Cascione
Estadão

Enquanto a campanha presidencial continua marcada pelo suspense, já é possível, e até importante, pensar nas cenas dos próximos capítulos. De novembro em diante, assistiremos a disputas políticas de grande repercussão para os próximos quatro anos. Uma das principais, se não a maior, ocorrerá no Senado – seja quem for o eleito em 30 de outubro.

A eleição de parlamentares mais alinhados política e ideologicamente a Bolsonaro aumentou a incerteza sobre a disputa da Presidência do Senado no ano que vem.

PACHECO AMEAÇADO – Até o mês passado, o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), parecia relativamente bem posicionado para a reeleição por mais dois anos, e seu partido, o estava no páreo para garantir a maior bancada da casa.

Isso já não é mais tão claro hoje, e terá implicações importantes para as leis a serem votadas nos próximos anos, para indicações a agências reguladoras, para o uso de instrumentos de investigação e prestação de contas do Poder Executivo e do Supremo Tribunal Federal, entre outros temas.

Se Lula for presidente, o que continua como cenário mais provável, pode passar pelo mesmo apuro que Bolsonaro passou em 2019, quando a oposição esteve perto de assumir a Presidência do Senado.

OPOSIÇÃO FORTE – Na época, o nome da oposição era Renan Calheiros (MDB-AL), mas a intervenção do governo foi forte o bastante para virar o jogo a favor de Davi Alcolumbre (DEM-AP).

No caso da vitória de Lula, o problema é que a potencial oposição bolsonarista terá uma das maiores bancadas da casa, e já discute opções para a disputa. Dois nomes já ventilados causam arrepios entre os petistas: Damares Alves e Hamilton Mourão, ambos do Republicanos.

Assim, Lula precisará do apoio de partidos de centro, como o PSD de Pacheco, para anular esse risco.

TEREZA CRISTINA – Se Bolsonaro for reeleito, sua bancada estará ainda mais forte para derrotar Pacheco em fevereiro, com o apoio do Poder Executivo. Nesse caso, talvez o principal embate ocorra dentro da própria base governista, a respeito do nome do desafiante.

Uma alternativa bastante competitiva seria o da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina que teria maior capacidade do que Damares e Mourão de atrair votos de senadores independentes.

Nesse caso, em comparação com Damares e Mourão, haveria um distanciamento pessoal maior da Presidência do Senado em relação às pautas de costumes e uma postura mais pragmática em relação ao Supremo; mas a pauta ambiental estaria mais amarrada aos interesses da bancada agropecuária.

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