MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 22 de outubro de 2022

Antipetismo ainda não morreu e a maioria silenciosa deve preferir reeleger Bolsonaro

 



TRIBUNA DA INTERNET | Bolsonaro reúne antipetistas e tenta equilibrar jogo,  aumentando rejeição a Lula

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Carlos Newton

É a eleição mais maluca já realizada. Tirando os fanáticos de lado a lado, que consideram Lula a alma viva mais honesta deste país ou acham que Bolsonaro é o mito da eficiência e da solidariedade humana, o resto da população brasileira irá às urnas no dia 30 e votará tapando o nariz. Não estará sendo decidido quem é o menos ruim ou menos ameaçador à democracia. Na verdade, a eleição polarizada funciona como discussão de futebol, ou seja, sem lógica, sem racionalidade e sem noção.

Mas a culpa desta situação sinistra e preocupante é da própria classe política. Desde que Lula recuperou ilegalmente seus direitos políticos, em 2021, devido àquela suprema jogada na qual o ministro Edson Fachin alegou que o CEP da Vara Criminal estava equivocado, pois Lula morava em Brasília e não podia ser julgado em Curitiba, já era sabido que haveria polarização.

ASCENSÃO DE BOLSONARO – Desde 2013 também era evidente o sentimento antipetista que sufocava a maioria silenciosa da população, que começou a sair às ruas para protestar. Bolsonaro sentiu que pintara um clima, ganhou apoio decisivo do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, com respaldo do Alto Comando, e saiu em campo em 2017, iniciando uma campanha pioneira de caráter nacional.

Com a prisão de Lula, a situação ficou muito mais fácil e Bolsonaro virou presidente, bafejado pela sorte, pela facada e pela saudade de algumas realizações dos governos militares, no sentimento da maioria silenciosa.

Quatro anos depois, a polarização continua e a única mudança é a presença de Lula na disputa, mas agora em outras condições, já com as nove digitais impressas na sua ficha suja, e as mãos manchadas pela corrupção e lavagem de dinheiro.

CULPA DOS POLÍTICOS – Se vamos ter de optar entre Lula e Bolsonaro no segundo turno, repita-se, a culpa é exclusivamente dos outros presidenciáveis. Havia mais de dez candidatos alternativos. Era preciso escolher apenas um deles e unir todas as correntes, mas a vaidade e o egoísmo falaram mais alto.

Não houve coalizão da terceira via, a polarização prevaleceu e agora podemos repetir a boa tirada do ministro Gilmar Mendes: “A urna é boa, porém mal-frequentada”.

Quem vai ganhar? Na minha visão, Bolsonaro  conseguirá derrotar Lula, caso se saia bem no último debate.

ANTIPETISMO – Como diziam os anúncios fúnebres de antigamente, cumprimos o doloroso dever de informar que o sentimento antipetista ainda não morreu nem vai morrer tão cedo. Este é o motivo, a meu ver.

A maioria silenciosa está pronta para reeleger Bolsonaro. O ex-ídolo Lula, que diz agora ser “um socialista refinado”, tornou-se uma figura caricata de si mesmo, verdadeiramente patético.

Quanto a Bolsonaro, é aquele mesmo cara bronco, em nada refinado, que come pastel com caldo de cana, frango com farofa, se acha espirituoso e gosta de fazer piadas politicamente incorretas. Ou seja, é igual à maioria dos brasileiros.

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