No
momento em que a atividade voluntária reativa ações presenciais, o
legado da pandemia deixou um impacto transformador para inúmeras
instituições brasileiras. “Todos
nós tivemos que nos reinventar para manter a atuação — e união — dos
voluntários durante os dois anos de confinamento por causa da covid-19”,
resume Rene Padovani, coordenador de Filantropia da Pró-Saúde, uma das
maiores gestoras hospitalares do país. A
entidade, que gerencia mais de 20 hospitais nas cinco regiões
brasileiras, possui um grupo atuante composto por aproximadamente 200
voluntários. Trata-se de pessoas que dedicam parte de seu tempo em
benefício de pacientes em reabilitação. “Foi
um momento em que muitas pessoas queriam ajudar e muitas outras
precisavam de ajuda. Como tínhamos que ficar em casa, criamos ações para
exercer o voluntariado online”, contou Rene. Assim,
a entidade filantrópica conseguiu adaptar algumas atividades
presenciais para o ambiente virtual, criando condições para que as
pessoas pudessem exercer o voluntariado nos hospitais sem sair de suas
casas. Por
videochamada, foram promovidas ações nas brinquedotecas, oficinas de
contação de histórias, ações musicais e de cuidados com a beleza, visita
religiosa entre outras atividades. Dois
dos quatro encontros anuais de líderes do voluntariado que a Pró-Saúde
promove também foram realizados por videoconferência — em 2020 e 2021. “O
aprendizado foi que a solidariedade sempre encontra um caminho para
acontecer”, avaliou Regina Victorino, superintendente corporativa de
Filantropia da Pró-Saúde. “Se
a gente tinha que ficar em confinamento por causa da covid, essa
condição não impediu que o exercício do voluntariado. Esse foi um legado
importante”, acrescentou. A
reflexão compartilhada por Regina acontece em razão do Dia Nacional do
Voluntariado que, neste domingo 28, tem a data lembrada em todo o país. “Alguns
estudos mostram que quase 60 milhões de brasileiros já atuaram em
alguma ação voluntária. Desse total, 12% são engajados regularmente”,
disse ela. Esse
potencial, aliado à causa da saúde, de acordo com Regina, contribuíram
para a criação e consolidação do programa de voluntariado da Pró-Saúde. “Temos
um manual com todas as orientações, amparados na legislação, que busca
garantir a plenitude do exercício da solidariedade, entre as pessoas que
se dispõe a dedicar parte de seu tempo a quem está em reabilitação nos
hospitais que gerenciamos. É um trabalho que engaja e que transforma”,
afirmou. |
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