MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Acordem, o candidato é Moro.

 



Que me recorde, nunca publiquei texto do Diogo Mainardi aqui, mas estou com ele nesta nota publicada pela Crusoé:


A primeira pergunta a ser respondida sobre 2022 é a seguinte: Jair Bolsonaro vai levar sua candidatura até o fim? Meu palpite é que ele vai pular fora da disputa presidencial. Dou até uma data: junho ou julho. Se o sociopata tiver a certeza de que vai ser derrotado por Lula no segundo turno ou, de maneira ainda mais humilhante, no primeiro, ele desiste. O outro fator que pode persuadi-lo a fugir das urnas é Sergio Moro. Se meu candidato subir uns seis ou sete pontinhos nas pesquisas, o futuro presidiário vai buscar um caminho mais seguro para tentar evitar a cadeia.

William Waack disse na quinta-feira que o pesadelo encarnado por Jair Bolsonaro e Lula só poderá ser derrotado se o candidato da Terceira Via souber oferecer um sonho para o eleitorado. Ele está certo. Antes disso, porém, é preciso escolher um candidato. Sendo ainda mais claro: é preciso acordar para o fato de que só surgiu um nome capaz de enfrentar o duplo pesadelo — o de Sergio Moro. Ele talvez não seja o candidato dos sonhos para uma parte da Terceira Via, mas é o único. Essa é a realidade.

Assim que Moro for escolhido como candidato único da Terceira Via, a campanha vai mudar. A lógica de uma disputa polarizada só funciona quando há equilíbrio entre os dois polos. Esse equilíbrio, que já é praticamente inexistente, considerando a vantagem insuperável de Lula sobre Bolsonaro, deve desaparecer de uma vez por todas, porque uma candidatura mais competitiva de Moro vai acabar atraindo uma fatia do eleitorado bolsonarista. E, sem o pesadelo bolsonarista, o pesadelo lulista também se distancia.

Não sei se alguém já teve essa conversa com Bolsonaro. Suponho que não. Mas o abandono de sua candidatura tem tudo para representar o fato “imponderável” citado por William Waack — uma “mãozinha” do destino, como ele disse.

Isso só vai se realizar, porém, se houver um trabalho conjunto para empurrar a candidatura de Moro, cuja campanha, até agora, foi uma porcaria. Ele precisa de gente. É o que se espera daquela turma que passou o último ano defendendo a Terceira Via. União Brasil, Novo, Cidadania, PSDB e MDB devem se reunir com movimentos sociais, empresários e banqueiros para oferecer uma saída ao país, que já tem um rosto e um nome. Sim, é Sergio Moro.

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