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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Indústria baiana tem expectativas de crescimento para 2022

 


Apesar de incertezas, produção deve aumentar entre 1 e 2% no ano que vem. Fieb aponta mineração e construção civil entre os setores de impulso


Tribuna da Bahia, Salvador
22/12/2021 08:00 | Atualizado há 21 horas e 47 minutos

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Foto: Carol Garcia/GOVBA

Por Lily Menezes

Embora o setor industrial tenha sido acertado em cheio com os impactos da pandemia, as cadeias produtivas ainda estejam se readaptando e as incertezas permaneçam, o ano que começará daqui a poucos dias traz otimismo e perspectivas de incremento na produção. Ontem (21), a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) publicou o documento ‘Cenários Brasil – Bahia 2022’, um dossiê avaliando o cenário econômico atual e apontando tendências para a economia regional. Em entrevista à Tribuna, o superintendente da Fieb Vladson Menezes disse ter expectativas de crescimento para a indústria baiana, embora a economia ainda não esteja aquecida como se esperava. “A Bahia pode crescer um pouco mais, por conta da retomada da indústria. Se não houver um desastre, podemos ter crescimento”, comentou Menezes. “A indústria de transformação deve crescer uns 2%, e 1% no geral”.

Dois segmentos continuarão em evidência na atividade industrial: a construção, que ficou entre os maiores geradores de postos de trabalho com a retomada de projetos, e a mineração, que vem alcançando destaque na Bahia com investimentos de R$ 1,4 bilhão em pesquisas de áreas e exploração, se estabelecendo como o estado brasileiro que mais investiu no setor. “A construção civil tinha parado na pandemia, bem no auge do seu crescimento, quando havia muitas obras em execução. Ela sempre entrega muito”, disse o supervisor da Fieb. Outras atividades que devem puxar os indicadores para cima são a produção de alimentos e bebidas, química e o refino de petróleo, este último com expectativas a respeito da entrega da Refinaria Landulfo Alves (RLAM) para o grupo árabe Mubadala/Acelen e a retomada da produção. O incremento nos investimentos em fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar, é mais um reforço no otimismo.

As boas perspectivas deverão compensar um ano desagradável para a indústria baiana, quando a queda foi de pelo menos 14% na produção. Para Vladson, a saída da Ford da Bahia com o fechamento da fábrica em Camaçari, contribuiu para os maus resultados. O setor automotor por aqui, aliás, despencou 96,5% entre outubro de 2020 e o mesmo período deste ano. “A Ford era a única montadora da Bahia, não tinha outra. Foi um grande baque, e o desempenho só não chegou a zero por conta da fabricação de peças para reposição. Para recuperar, precisaria ter um novo investimento significativo no setor automotivo, mas é difícil saber se e quando isso vai acontecer”, avaliou o superintendente. Em contrapartida, houve um aumento de 38.671 postos de trabalho na indústria, mesmo com a pandemia. Além da mineração e da construção, o representante da Fieb elencou o setor calçadista e alimentício entre os maiores geradores de emprego no período, e acredita que mais vagas serão geradas ao longo de 2022.

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