Di Si, presidente da VW para a região, defende que o etanol nos híbridos seja uma tecnologia complementar aos carros elétricos e híbridos, bem como o uso do derivado da cana-de-açúcar em células de combustível para híbridos.
O executivo argentino falou que a Volkswagen já trabalha com a Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar – para o desenvolvimento de tecnologia nesse sentido.
A VW também está em conversações com institutos e universidades para ampliar a busca por uma alternativa usando o etanol.
O objetivo é aproveitar o potencial dessa matriz energética nacional para reduzir a emissão de CO2 no Brasil e no mundo, convertendo o país numa plataforma de exportação do álcool.
Em outras entrevistas e lives que participou, Di Si comentou que o Brasil precisa exportar a tecnologia e não só o etanol. Num modelo de carro híbrido a etanol, o presidente da VW revelou que este veículo tem a menor emissão de CO2 no ciclo do poço a roda do mundo.
O ciclo do poço a roda considera todas as emissões geradas desde a produção do combustível até a emissão a bordo do automóvel.
Com baixo nível de emissão de poluentes, o etanol se converte numa peça fundamental para o Brasil ser uma alternativa à eletrificação plena, embora a mesma seja defendida pela Volkswagen.
Na marca alemã, a tecnologia híbrida atual mais acessível é aquela usada nos Golf 8 R-Line ou no antigo Golf GTE. Olhando de fora, o propulsor usado pela marca é o mesmo fabricado em São Carlos-SP, mas com ajustes próprios para a hibridização.
O EA211 1.4 TSI já possui a tecnologia flex para aplicação no mercado nacional e é o que move o recente lançamento da VW, o Taos. Também despejando 150 cavalos e 25,5 kgfm, embora a 4.500 rpm e 1.500 rpm, o propulsor usado na Europa só usa gasolina.
Com o emprego do etanol, o nível de emissão de CO2 de um carro como o Golf 8 R-Line ou mesmo o Novo GTE cairá drasticamente, ampliando sua “vida útil” no processo de transição para o carro totalmente elétrico.
Por aqui, a Toyota foi a primeira a apostar no etanol – ainda usando a tecnologia flex – em seus carros híbridos, mas na proposta da VW, o híbrido plug-in parece usar somente o álcool como combustível único.
A Stellantis (Fiat) chegou a trabalhar num propulsor turbo puramente a etanol, mas observou sua receptividade pelo mercado e acabou desistindo do projeto, por não permitir a flexibilidade que o consumidor busca no bicombustível.
Já a Nissan avançou no uso do etanol em células de combustível para obter o hidrogênio no processo que gera eletricidade em vez deste último combustível, de manipulação complexa e cara. Contudo, as pesquisas ainda estão longe de chegar ao consumidor… De qualquer forma, já é um começo.
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