O Brasil tinha 60 milhões de veículos circulando pelo país em 2020, de acordo com levantamento do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). Agora, imagine o mundo com quase duas vezes e meia essa frota, mas somente de veículos elétricos.
Pois é, segundo a Agência Internacional de Energia, 145 milhões de veículos elétricos deverão estar rodando pelo planeta em 2030. O número da estimativa até parece exagerado, mas saiba que isso é baseado nas políticas e mercados atuais.
Segundo a Global Electric Vehicle Outlook, que faz parte da IEA (sigla em inglês), se os governos aumentarem os esforços para em prol de energia e clima, a frota mundial de veículos elétricos (incluindo ônibus, caminhões e vans) deve alcançar nada menos que 230 milhões de unidades.
Realmente isso teria um impacto enorme no mercado mundial, tanto em energia quanto em consumo de combustíveis fósseis. O estudo considera ainda o mercado de 3 milhões de carros elétricos em 2020 e não inclui veículos elétricos de duas ou três rodas.
Ou seja, serão 145 milhões de automotores comuns movidos somente por energia elétrica, sendo a chamada hibridização. Segundo a IEA, de 2019 para 2020, houve um salto de 41%, sendo hoje 10 milhões de carros elétricos e 1 milhão de ônibus e caminhões.
Fatih Birol, diretor-executivo da IEA, disse: “Embora eles não possam fazer o trabalho, sozinhos, os veículos elétricos têm um papel indispensável para alcançar as emissões líquidas zero em todo o mundo”.
Ele acrescentou: “As tendências de vendas atuais são muito encorajadoras, mas nossos objetivos compartilhados de clima e energia exigem uma absorção ainda mais rápida do mercado”.
Birol concentrou atenção na sustentabilidade dessa frota: “Investir na fabricação de baterias e no desenvolvimento de uma infraestrutura de carregamento ampla e confiável”.
Num mercado de US$ 120 bilhões em 2020, incluindo o consumo de bens, serviços e energia por parte dos consumidores, o estudo aponta que apenas US$ 14 bilhões surgiram como incentivos governamentais.
Antes, esse era o maior impulsionador de vendas, mas o mercado já se move para sua própria fluidez. Birol comentou: “Mesmo que os subsídios do governo continuem importantes para estimular a adoção de veículos elétricos, isso sugere que as vendas estão cada vez mais sendo impulsionadas pela escolha do consumidor”.
Nesse caso, a disputa de força com a Tesla será um impulsionador dessa frota de carros elétricos. A Volkswagen quer liderar o mundo, mas terá de fazer milhões de unidades por ano para vencer a marca de Elon Musk.
O bilionário já afirmou que o Model Y será o carro mais vendido do mundo em 2023, derrubando o Corolla de sua posição mundial. Essa disputa deve ser seguida por outros players que tentarão evitar um domínio global desses dois fabricantes.
[Fonte: CNBC]
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