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| Iamarino, o apocalíptico. |
Os fatos desmoralizaram os videntes fantasiados de cientistas. Augusto Nunes:
No dia 6 de abril, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas,
resolveu apavorar a população paulista com projeções sobre a pandemia de
coronavírus. Ao lado do governador João Doria, ele avisou que, até o
fim de agosto, o vírus chinês provocaria 111 mil mortes só no Estado de
São Paulo. Poderia ser pior, ressalvou. Se não fossem as medidas
decretadas pelo governo, sugeridas pela comissão de especialistas que
incluía o próprio Covas, o total de óbitos chegaria a 277 mil. Em 1° de
setembro, os mortos eram 30 mil — 81 mil abaixo da previsão
catastrófica. Covas ainda não explicou o que aconteceu. É improvável que
encontre alguma explicação.
A sequência de profecias catastrofistas fora inaugurada em 20 de
março pelo biólogo Átila Iamarino. Num vídeo de longa metragem, ele
antecipou o horizonte sombrio: "Se o Brasil não fizer nada, se as
empresas continuarem funcionando em todos os lugares, se a gente não
tivesse decretado o estado de emergência, se todo mundo tivesse seguido a
vida normal, só pela covid-19 teríamos 1,4 milhão de mortes até o fim
de agosto", garantiu. Iamarino baseou-se nos cálculos sinistros do
britânico Imperial College: nos 250 dias seguintes, a covid-19 mataria
em todo o planeta de 1,8 milhão a 40 milhões de seres humanos. O prazo
vencerá neste 7 de setembro. No primeiro dia do mês, o total de óbitos
no mundo ainda não chegara a 850 mil.
Toda morte é uma tragédia. Uma imensidão de vidas perdidas é um drama
devastador. É sempre um consolo, portanto, constatar que os videntes
fantasiados de cientistas foram desmoralizados pelos fatos.
BLG ORLANDO TAMBOSI

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