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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Motéis de Salvador sofrem forte impacto econômico


O setor, que movimenta cerca de R$ 4 bilhões anuais em todo o país, de acordo com Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), pode recorrer às demissões para cortar gastos e manter os negócios, depois que a crise passar

Tribuna da Bahia, Salvador
31/03/2020 12:01 | Atualizado há 2 dias, 35 minutos
   
Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia

Por: Poliana Antunes

Os problemas econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus, preocupam donos de motéis em Salvador. De acordo com o gerente de motel Eduardo Faleiro, o estabelecimento onde trabalha já demitiu 80% dos funcionários. “Não temos clientes. O número de usuário não caiu, simplesmente não existe mais”, declarou o gerente.
O setor, que movimenta cerca de R$ 4 bilhões anuais em todo o país, de acordo com Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), pode recorrer às demissões para cortar gastos e manter os negócios, depois que a crise passar. O órgão afirma que a queda no número de clientes, se apresentou de forma progressiva no começo, mas agora é geral.
Segundo Eduardo Faleiro, a falta de procura por quartos também afeta a venda no restaurante. “Nossa cozinha é parte fundamental do nosso negócio. A maioria dos nossos clientes costumam consumir, também, no restaurante. Muitos almoçam e jantam por aqui”, frisou.
Ele conta que, o motel trabalhava com um quadro de 64 funcionários, contado com o gerente. “Contudo, não tivemos oura alternativa se não a de demitir trabalhadores para conseguir arcar com as despesas do comércio”, falou.
O gerente lembrou, ainda, da carga de impostos que o estabelecimento precisa pagar por cada funcionário. “É alta, a manutenção e permanência dos empregados. A gente não consegue diminuir os impostos nem em um caso de crise, e acaba sobrando para os funcionários, infelizmente”, lamenta o gerente ao pensar na possibilidade de mais demissões.
Frequentadores dos motéis da capital baiana, também falaram sobre a fase ruim que estão passando, sem conseguir seguir suas rotinas normais. “Gosto de frequentar motéis com minha namorada. Tenho um relacionamento longo e maduro, contudo, moramos com nossos pais e preferimos respeitá-los. Quando temos vontade de ficar as sós, vamos para um lugar tranquilo”, declarou Danilo Silva, 33 anos.
Já a namorada dele Amanda Lemos, 30 anos, falou que realmente é muito difícil ficar sem ter um lugar confortável, onde as pessoas posam ficar à vontade. “Sei que o momento é de isolamento social. Acredito e tenho fé, que em breve isso vai acabar. Porém, quando tudo passar, as consequências serão enormes. Falo de todos os tipos de prejuízos, inclusive prejuízos emocionais”, declarou Amanda Lemos.

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