Dida Sampaio
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, dia 29, que o governador João Doria deve ser cobrado pelas mortes por coronavírus em São Paulo. Segundo dados do Ministério da Saúde, das 5.466 pessoas que perderam a vida por causa da doença, 2.247 (41%) ocorreram no Estado governado pelo tucano.
“O Doria tem que responder por São Paulo, é o Estado que mais tem gente, que mais gente perdeu a vida. Ele que tem que responder. Nós demos recursos para quem foi possível, tá certo?”, afirmou o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde.
LAVOU AS MÃOS – Mais cedo, Bolsonaro já havia se referido ao governador paulista, seu adversário político, ao dizer que não aceitaria ser responsabilizado pelas mais de 5 mil mortes pela doença no País. “Não vão botar no meu colo uma conta que não é minha”, afirmou ao presidente ao deixar a residência oficial.
Na ocasião, o presidente disse que governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é quem deveriam ser cobrados e reclamou do destaque a uma fala dele na véspera quando respondeu com um “e daí?” ao ser questionado sobre o número de mortes pela covid-19 no País.
MILAGRE – “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, respondeu o presidente ao ser questionado na noite de terça-feira, dia 28, sobre os números. Nesta quarta-feia, ele afirmou que a frase foi tirada do contexto. “Lamento as mortes profundamente. Sabia que iam acontecer. Mas eu desde o começo me preocupei com vida e emprego, porque desemprego também mata. Então, essa conta, tem que ser perguntada para os governadores”, afirmou Bolsonaro.
Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na tarde desta terça-feira, Doria criticou duramente a postura do presidente e pediu que ele saísse “da bolha”.
ATITUDES – “Meus sentimentos aos familiares de 5.017 brasileiros que perderam a vida pelo coronavírus em todo o País. Quero dizer ao presidente, o mesmo presidente que ontem (terça-feira) respondeu: ‘Quer que faça o que?’. Eu posso enumerar atitudes que o senhor deveria ter tomado e não adotou. É fazer aquilo que o senhor não fez”, disse o governador de São Paulo.
E continuou: “Primeiro, respeitar os brasileiros que o elegeram e os que não o elegeram. Respeitando pessoas, parentes, amigos de pessoas que perderam parentes para o coronavírus, que o senhor classificou como uma gripezinha, que não era grave. Que o senhor respeite o luto de pessoas que perderam entes queridos.”
MÁSCARAS – Ao falar com apoiadores no fim da tarde desta quarta, Bolsonaro ainda os orientou a utilizarem máscaras. Um decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, torna o item obrigatório para quem sair de casa a partir desta quinta-feira, 30. “A partir de amanhã tem que usar máscara todo mundo, hein? Aqui na saída (do Palácio da Alvorada) inclusive”, disse o presidente.
Estadão
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, dia 29, que o governador João Doria deve ser cobrado pelas mortes por coronavírus em São Paulo. Segundo dados do Ministério da Saúde, das 5.466 pessoas que perderam a vida por causa da doença, 2.247 (41%) ocorreram no Estado governado pelo tucano.
“O Doria tem que responder por São Paulo, é o Estado que mais tem gente, que mais gente perdeu a vida. Ele que tem que responder. Nós demos recursos para quem foi possível, tá certo?”, afirmou o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde.
LAVOU AS MÃOS – Mais cedo, Bolsonaro já havia se referido ao governador paulista, seu adversário político, ao dizer que não aceitaria ser responsabilizado pelas mais de 5 mil mortes pela doença no País. “Não vão botar no meu colo uma conta que não é minha”, afirmou ao presidente ao deixar a residência oficial.
Na ocasião, o presidente disse que governadores e prefeitos que adotaram medidas de isolamento social é quem deveriam ser cobrados e reclamou do destaque a uma fala dele na véspera quando respondeu com um “e daí?” ao ser questionado sobre o número de mortes pela covid-19 no País.
MILAGRE – “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, respondeu o presidente ao ser questionado na noite de terça-feira, dia 28, sobre os números. Nesta quarta-feia, ele afirmou que a frase foi tirada do contexto. “Lamento as mortes profundamente. Sabia que iam acontecer. Mas eu desde o começo me preocupei com vida e emprego, porque desemprego também mata. Então, essa conta, tem que ser perguntada para os governadores”, afirmou Bolsonaro.
Em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na tarde desta terça-feira, Doria criticou duramente a postura do presidente e pediu que ele saísse “da bolha”.
ATITUDES – “Meus sentimentos aos familiares de 5.017 brasileiros que perderam a vida pelo coronavírus em todo o País. Quero dizer ao presidente, o mesmo presidente que ontem (terça-feira) respondeu: ‘Quer que faça o que?’. Eu posso enumerar atitudes que o senhor deveria ter tomado e não adotou. É fazer aquilo que o senhor não fez”, disse o governador de São Paulo.
E continuou: “Primeiro, respeitar os brasileiros que o elegeram e os que não o elegeram. Respeitando pessoas, parentes, amigos de pessoas que perderam parentes para o coronavírus, que o senhor classificou como uma gripezinha, que não era grave. Que o senhor respeite o luto de pessoas que perderam entes queridos.”
MÁSCARAS – Ao falar com apoiadores no fim da tarde desta quarta, Bolsonaro ainda os orientou a utilizarem máscaras. Um decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, torna o item obrigatório para quem sair de casa a partir desta quinta-feira, 30. “A partir de amanhã tem que usar máscara todo mundo, hein? Aqui na saída (do Palácio da Alvorada) inclusive”, disse o presidente.
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