Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta do Povo:
O governo deu um respiro para as empresas que estão enfrentando
dificuldades fez algumas alterações na área de tributos. O IOF para
operações de crédito está zerado; o prazo de entrega do Imposto de Renda
da pessoa física foi estendido em 60 dias; o pagamento do PIS/Pasep,
Cofins, contribuição patronal da Previdência também foi adiado para o
segundo semestre. É uma forma de aliviar as empresas que não têm
condições financeiras para passar pela paralisação forçada pelo
coronavírus.
Na quinta-feira (2) de manhã, na saída do Palácio da Alvorada, o
presidente ouviu de uma mãe de dois filhos, que é professora autônoma,
que ela não quer os R$ 600 de "coronavoucher" e sim trabalhar. As
pessoas aplaudiram.
Abram as igrejas
O secretário de estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, deu
entrevista dizendo que quase todas as igrejas estão abertas e as que não
estão abertas precisam reabrir para receber as pessoas que precisam de
conforto espiritual.
Não haverá celebrações e missas tradicionais de Páscoa para evitar
aglomerações, mas as igrejas são grandes e podem comportar pessoas que
fiquem separadas umas das outras.
Um juiz substituto, de Duque de Caxias (RJ), tentou suspender o
decreto aprovado pelo presidente que reabria igrejas e templos. Ele
conseguiu derrubar, mas a decisão foi revista e anulada.
Aulas por telefone
O papa Francisco chegou a dizer que pais e mães vão ter que retomar a
função de educadores, porque eles estavam transferindo essa função para
os professores.
Na Itália, mesmo com todos em casa, os professores não perderam
nenhum dia de contato com seus alunos. Eles mantêm contato passando as
aulas por telefone. Um país não pode parar a educação porque senão não
tem futuro.
Álcool gel é inflamável
Tem gente que está sempre com as mãos embebidas em álcool gel e é bom
lembrar que o produto é inflamável. Se o sujeito passa ao lado do fogo,
pode acabar com queimaduras, isso já aconteceu. Água e sabão é tão bom
quanto o álcool gel e não pega fogo.
Os especialistas ainda não encontraram uma solução para o
coronavírus. Mas tem um estudo nos Estados Unidos dizendo que manter um
metro e meio de distância não é suficiente — o correto seria ficar oito
metros distante.
Já a máscara de tecido não faz uma barreira suficiente contra o
vírus. Mas auxilia segurando algumas gotículas de espirros e tosse, ou
seja, barra em parte o vírus de se espalhar no ar.
Nesse momento todo mundo está testando possíveis soluções para acabar
com essa doença. Mas o que dá certo nos Estados Unidos pode não dar
certo no Japão. Ainda não se sabe se deu certo ou não o isolamento
social na Itália.
Depois dessa crise sanitária, as escolas, o comércio e a indústria
serão diferentes. Talvez as indústrias terão robôs comandados a
distância em vez de funcionários.
A humanidade sempre encontra oportunidades e avanços quando está
diante de sérias ameaças. Como aconteceu com a Segunda Guerra Mundial,
que ensejou a criação de tantos medicamentos e soluções para a
indústria. Outras crises que também nos atingiram fizeram com que
surgissem novos remédios e mais cuidados de higiene, mesmo que ainda
pareça que não tenhamos conseguido colocá-los na nossa rotina.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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