O nome dessa mágica é juro baixo. Em apenas um ano, a administração
trouxe a taxa para 4,5% ao ano, o nível mais baixo dos últimos 30 anos.
J. R. Guzzo, coluna do portal Metrópoles:
O Brasil vive seus momentos de melhor reputação junto à comunidade
econômica internacional nos últimos dez anos. Esqueça as oscilações da
bolsa e do dólar por causa de uma doença na China que ninguém sabe
direito o que é – e que parece cada vez mais perigosa quanto menos se
sabe sobre ela. O que interessa é que os chamados “fundamentos” da
economia brasileira estão bons, e a previsão é que se tornem ainda
melhores.
O nome dessa mágica é juro baixo. Em apenas um ano, a administração trouxe a taxa para os 4,5% ao ano, o nível mais baixo dos últimos trinta anos – e as perspectivas são de que venha a cair ainda mais.
Isso pode dar ao Brasil, ainda em nossa vida, um horizonte que jamais
existiu por aqui e que pouca gente acreditava que pudesse existir um
dia: uma taxa de juros alinhada aos juros internacionais. Isso pode
colocar as empresas brasileiras, do ponto de vista do crédito, em condições de competir com mais igualdade junto aos países onde juro bancário e agiotagem são coisas diferentes.
A demanda de crédito por parte do governo dá sinais de ir na direção
exatamente contrária à que sempre foi – em vez de dever cada vez mais, a
ideia da política econômica é fazer o poder público dever cada vez
menos.
Os instrumentos para isso são os que estão aí: despesa menor, venda de ativos das estatais, reembolso ao Tesouro por parte do BNDES, Banco do Brasil,
Caixa Econômica, substituição do “investimento público” por
investimento privado. Não há milagre nenhum – apenas bom senso, e a
decisão de agir segundo o bom senso. O Brasil está ficando um país de
baixo risco.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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