MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Retrocessos marcaram os direitos humanos no Brasil em 2019, aponta relatório da Anistia Internacional


Charge do Joel Almeida (Arquivo do Google)
Deu no G1
Um relatório da Anistia Internacional divulgado nesta quinta-feira, dia 27, aponta que o ano de 2019 foi marcado por retrocessos para os direitos humanos no Brasil. O levantamento anual mapeou o cenário de 24 países das Américas.
“Desigualdade, corrupção, violência, degradação ambiental, impunidade e enfraquecimento das instituições continuaram sendo uma realidade comum nas Américas, resultando em violações diárias dos direitos humanos para milhões de pessoas”, diz a introdução do relatório.
VIOLÊNCIA – De acordo com a organização internacional, em vez de estabelecer mecanismos para promover o diálogo e tratar das preocupações da população, autoridades dos países mapeados recorreram à violência no policiamento de manifestações e, em alguns casos, ao aumento da militarização das operações de ordem pública.
No caso do Brasil, a Anistia afirma que o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades mantiveram um discurso abertamente contrário aos direitos humanos e que isso foi traduzido em medidas administrativas e legislativas.
POVOS INDÍGENAS – O relatório destacou a falta de uma política coerente do governo federal para combater o desmatamento e prevenir os incêndios na Amazônia. Destacou que o governo Bolsonaro não cumpriu a obrigação de proteger os povos indígenas e ainda adotou medidas que aumentaram os riscos para essa população.
A Anistia denunciou os ataques e ameaças contra ativistas de direitos humanos que atuam no país e alertou para a impunidade, citando como exemplo o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, há quase dois anos. Até hoje, os mandantes do crime ainda não foram presos.
VÍTIMAS – O relatório denunciou ainda o crescimento da violência policial, alimentada pelo discurso de autoridades federais e estaduais. Nesse ponto, a Anistia cita nominalmente o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O relatório lembra que as principais vítimas dessa política de segurança são os jovens negros de favelas.

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