Manifestantes contrários ao governo de Hong Kong tentaram
invadir nesta segunda-feira (1º) o Parlamento local, durante protesto
que lembrava o 22º aniversário da devolução do território à China. A
polícia mobilizou uma unidade antidistúrbios dentro do edifício e usou
bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta para conter a ação, que
marca um novo capítulo na crise política que atinge Hong Kong desde o
início de junho. Mas após horas de impasse, os agentes de segurança
deixaram o local por volta das 21h locais (10h no horário de Brasília)
-não está claro porque isso aconteceu. Assim, os manifestantes
conseguiram entrar no edifício. Segundo a agência Reuters, o grupo
derrubou portas, destruiu quadros, pichou as paredes do local e estendeu
faixa com inscrições “não há manifestantes, apenas um regime violento” e
“Hong Kong livre”. O Parlamento emitiu um alerta vermelho exigindo que o
local seja esvaziado imediatamente e a polícia afirmou que recorrerá ao
uso de violência caso isso não aconteça. Desde o início do dia, o
território ficou dividido entre o ato do governo para comemorar o
aniversário de devolução e o protesto convocado por ativistas
pró-democracia. Com gritos de “vamos lá, Hong Kong”, milhares de
manifestantes foram às ruas contra o governo e o controle chinês. Os
organizadores afirmaram que 550 mil pessoas participaram do ato,
enquanto a polícia disse que foram 190 mil. A maior parte do ato, que
tinha autorização do governo para acontecer, ocorreu de maneira
pacífica. Um primeiro confronto foi registrado quando jovens encapuzados
ocuparam e bloquearam as três principais avenidas de Hong Kong com
grades de metal.
Folhapress
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