Foto: Marcos Correa / Divulgação
Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro conversou com jornalistas nesta
terça-feira, 2, ao lado do ministro do GSI, o general Augusto Heleno, em
uma sinalização de que não há mal-estar com um de seus principais
aliados após críticas feitas por um de seus filhos, o vereador Carlos
Bolsonaro, à atuação da pasta no episódio da prisão de um sargento com
cocaína na Espanha. Bolsonaro, no entanto, não quis comentar as
declarações de Carlos. Ao ser indagado sobre os comentários do filho, o
presidente encerrou a conversa com a imprensa após menos de 3 minutos de
duração. Em seguida, jornalistas perguntaram se o próprio Heleno
falaria sobre o assunto. “Eu não”, reagiu o ministro enquanto deixava o
local. Depois, ao chegar no Ministério da Defesa para um almoço,
Bolsonaro também disse que não falaria sobre a publicação de Carlos.
“Não, não, não. Pergunta pra ele”, disse. Já o deputado Eduardo
Bolsonaro defendeu o irmão por críticas ao GSI e diz que não há
instituição 100% confiável. Na segunda, Carlos criou novo conflito com a
ala militar do governo ao criticar a atuação do GSI. Em uma rede
social, o parlamentar respondeu a uma publicação sobre a prisão de um
militar da Aeronáutica com 39 kg de cocaína na Espanha, na semana
passada. “Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente
oferecidos pelo GSI?”, questionou Carlos. Sem citar diretamente o nome
de Augusto Heleno, o vereador afirmou que a grande maioria dos
integrantes do Gabinete de Segurança até pode ser bem intencionada, mas
eles “estão subordinados a algo em que não acredita”. O encontro com
Heleno foi seguido de um almoço no Ministério da Defesa. Além Fernando
Azevedo e Silva, ministro da Defesa, e Heleno, estiveram presentes
representantes das Três Forças – Exército, Marinha e Aeronáutica. Ao
deixar o local, Jair Bolsonaro confirmou que eles conversaram sobre o
sargento da Aeronáutica preso com 39 quilos de cocaína em Sevilla, na
semana passada, e que as investigação estão em andamento. O militar
fazia parte da comitiva de apoio presidencial que viajava a Osaka, no
Japão, para o encontro G-20. Segundo o presidente, uma equipe da
Aeronáutica vai até a Espanha interrogar o militar que foi preso. “Todos
nós achamos que não é a primeira vez que esse militar mexeu com
drogas”, avaliou.
Estadão
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