MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 29 de junho de 2019

Moro reclama de ataques e recebe afago de Doria, rival de Bolsonaro para 2022

POLITICA LIVRE
Foto: Paulo Guereta/Photo Premium/Folhapress
Moro classificou como "um falso escândalo" o episódio das mensagens divulgadas
Pressionado pela divulgação de mensagens da época em que atuava na Operação Lava Jato, o ministro Sergio Moro (Justiça) recebeu afago do governador João Doria (PSDB), que entregou a ele a principal honraria do estado de São Paulo nesta sexta-feira (28). Ao receber a Ordem do Mérito, o ex-juiz reclamou dos “vários ataques” que vem sofrendo e criticou “um certo revanchismo”, referindo-se aos questionamentos à sua imparcialidade no julgamento de processos como o do ex-presidente Lula (PT). O gesto de Doria contrasta com a postura ambígua do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que demorou quatro dias para se pronunciar em defesa de Moro quando as primeiras mensagens foram publicadas e, depois, disse que “não existe confiança 100%”. O tucano é apontado como candidato à Presidência em 2022, condição que foi reforçada nos últimos dias por declarações do atual ocupante do Planalto. Na cerimônia desta sexta, o governador não mencionou Bolsonaro, encerrando uma semana de desgaste na relação dos dois, por causa do imbróglio sobre a possível saída da Fórmula 1 de São Paulo. Durante seu discurso no Palácio dos Bandeirantes, Moro classificou como “um falso escândalo” o episódio das mensagens divulgadas inicialmente pelo site The Intercept Brasil. As conversas mostram proximidade entre o então juiz e procuradores do Ministério Público Federal que integravam a força-tarefa. Ele agradeceu à mulher, Rosangela Moro, que o acompanhava na solenidade, pelo suporte ao longo do período em que atuou na operação e agora, como ministro. “Não tem sido muito fácil”, desabafou. “Nas últimas três semanas, tenho sofrido vários ataques. Achei que a Operação Lava Jato tinha ficado para trás, mas um certo revanchismo às vezes reaparece”, disse o ministro, aludindo às conversas que vieram à tona em 9 de junho. Cercado de membros do governo e parlamentares, Doria usou o evento para exaltar Moro como símbolo do combate à corrupção, agradeceu pela contribuição dele na transferência de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para presídios federais –a justificativa oficial para a homenagem– e atacou Lula.”O Brasil precisa de mais Moros e menos Lulas”, discursou Doria, sob aplausos.
Folhapress

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