MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Fazenda em Minas Gerais tem um dos melhores cafés do Brasil


Nespresso abre as portas para mostrar como é produzido e selecionado seu café de qualidade

Tribuna da Bahia, Salvador
28/06/2019 14:14 | Atualizado há 6 horas e 9 minutos
   
Foto: Divulgação / Selva Bizarria / Nespresso Origens

Já pensou em poder acompanhar todo o processo que está por trás daquele cafezinho que você toma? A Nespresso, através do seu programa Nespresso Origens Brasil, proporcionou essa experiência há um grupo de 13 jornalistas de várias partes do Brasil, para acompanhar a saga do pé a xícara, a equipe de reportagem da Tribuna foi uma das convidadas do programa.
O programa Nespresso Origens, levou os jornalistas para conhecer a fazenda IP, em Carmo de Minas, sul de Minas Gerais, uma das fazendas que são parceiras da empresa no plantio do café de alta qualidade.
A fazenda IP tem seus cafés vendidos em mais de 40 países, e muitos desses cafés já receberam premiações internacionais. Luiz Paulo é um dos quatro sócios do grupo, que ainda possui a fazenda Sertão, uma torrefação de café, a exportadora do produto Carmo Coffes e duas cafeterias Unique, que além de servir o nobre produto, revendem-no a outras cafeterias do País.
O grupo ainda planta soja, milho e trigo. A altitude de mais de 1,3 mil metros acima do nível do mar, com lavouras subindo e descendo alguns trechos de montanha, faz do café dessa região de Minas Gerais um dos melhores do mundo. “A pós-colheita também entra como um grande diferencial”, explica Luiz Paulo, que consegue colher 35 sacas por hectare.
O grupo ganhou fama internacional em 2005, quando a Fazenda Sertão conquistou o prêmio “Cup of Excellence”, que promove o melhor café do mundo, obtendo uma pontuação recorde e ainda não superada. E esse prêmio se deve a uma safra de café especial colhido em um talhão com nada menos de 112 anos, contrariando a tendência de queda de produtividade e qualidade em plantas que alcançam mais de 20 anos. “É o melhor café, não é papo de pescador. É a maior pontuação de café do mundo: 95,85 pontos”, diz Luiz Paulo.
A nota foi concedida pela Specialty Coffee Association (SCA), que em uma escala de zero a cem, avalia dez atributos do café, como fragrância, doçura, acidez, entre outros. Um café é considerado especial quando sua nota ultrapassa os 80 pontos. Com a fama e vários outros prêmios, em 2011, as fazendas IP e Sertão iniciaram a venda de cafés especiais para a Nespresso, empresa da Nestlè pioneira nas cápsulas de café usadas em maquininhas. E esse é um mercado que está na máxima fervura, com novos concorrentes como Melitta e o Grupo CRM, dono da Kopenhagen.
Segundo Luiz Paulo, 30% dos cafés especiais produzidos nas duas fazendas vão para a Nespresso. “Essa relação nos trouxe muito ânimo e conhecimento”, diz o fazendeiro, uma vez que a companhia tem um grupo de especialistas que orientam os cafeicultores com os quais negocia. “A colheita é fundamental, porque tem que colher o fruto maduro. E depois de colher maduro tem que tratar muito bem para chegar ao final para dar todas as características na xícara”, diz Guilherme Amado, gerente de café verde da Nespresso Brasil, que participa do Programa AAA da companhia, que tem metas de sustentabilidade, qualidade e produtividade.
PROGRAM TRIPLO AAA
O Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável™, lançado em 2003 em colaboração com a ONG Rainforest Alliance, com o objetivo de fornecer aos produtores conhecimentos e técnicas que os apoiem na produção de um café de alta qualidade, utilizando práticas ecologicamente corretas e que também contribuam com a sua qualidade de vida. Atualmente, mais de 100 mil produtores de café em 13 países participam e são auxiliados por mais de 450 agrônomos, que os ajudam a cultivar o café de forma ambiental, social e economicamente sustentável.
O programa é dividido em três frentes: trabalho com produtores, focado na relação direta com a atividade desenvolvida por cada fazenda, considerando aspectos ambientais, econômicos e sociais; trabalho com agrônomos, para garantira qualidade no campo, bem como ajudar a desenvolver planos personalizados, junto com os produtores de café, de forma aumentar a produtividade e a sustentabilidade; e parcerias transformadoras com organizações que possam proporcionar oportunidades únicas na cadeia do café.
“Mais de 280 mil hectares de fazendas de café são gerenciados de forma sustentável pelo nosso programa de qualidade. Nosso trabalho é uma busca constante por soluções construtivas para todos os atores que nos acompanham nessa jornada extraordinária do café, sempre pensando em uma comunicação mais transparente do trabalho que realizamos”, comenta Guilherme Amado.
O programa é mantido em 1,2 mil fazendas em Minas Gerais e São Paulo, com 15 agrônomos para dar suporte ao produtor. No mundo são cem mil fazendas cadastradas nesse projeto. “O Brasil é o maior fornecedor de café verde para a Nespresso”, diz Amado, que adquire das fazendas IP e Sertão cafés arábica da variedade Bourbon. “No fornecimento de café, trabalhamos com blends globais, que abastecem todo o mundo. Trabalhamos em mais de 70 países, é uma operação global. E precisamos trabalhar com nossos fornecedores para que seja um fornecimento constante, de qualidade e com uniformidade ano a ano. Essa é a maior mágica: comprar sempre da mesma região, da mesma fazenda, do mesmo produtor.”
Manter a qualidade tem sido um desafio. Segundo o agricultor, no ano passado houve muita chuva no inverno, cuja temperatura na região ficou dois graus acima da média, o que provocou prejuízos. O cafezal parece ter ficado desorientado, “caduco mesmo”, diz Luiz Paulo: as plantas deram dez floradas de agosto a janeiro deste ano. O normal é uma ou duas floradas entre setembro e outubro. Isso impediu uma maior uniformidade no número de frutos maduros. São destes que provêm o mais precioso dos cafés. E, neste ano, com a continuidade da chuva, o café está fermentando no pé. “É um ano atípico na lavoura cafeeira. Jamais nós vimos isso. E não é só aqui não, é na história do café”, afirma. “Vamos torcer para não chover até setembro, nenhuma gota d’água.”
Além do passeio em meio aos cafezais, os convidados tiveram a oportunidade de fazer um passeio de balão e ver de cima aquilo que foi visto de perto e muito mais. A decolagem partiu do terreiro da Fazenda Sertão, outra propriedade do grupo, e do alto o que se via era uma imensidão de verde, uma mistura das plantações com a natureza, e por cerca de 1h20 o que se via eram as cenas da Serra da Mantiqueira, quadriculada ora por cafezais, neblina e uma exuberante floresta belíssimas.

Sobre a Nespresso 
A Nespresso é pioneira em café em porções individuais da mais alta qualidade sustentável. No Brasil desde 2006, conta com 28 Boutiques e cerca de 600 funcionários nas principais cidades do país. A linha doméstica da marca oferece 28 variedades de cafés, além de máquinas e acessórios para uma experiência completa. Já a linha Nespresso Profissional apresenta 15 cafés e maquinas adequadas para estabelecimentos de alta rotatividade, como hotéis, restaurantes e empresas. Por meio do compromisso The Positive Cup™, a Nespresso atua na gestão sustentável do café, do alumínio e em práticas relacionadas ao clima com metas globais até 2020. No Brasil, a marca tem investido no sistema de reciclagem de cápsulas e possui mais de 90 pontos de coleta. Todas as informações sobre a Nespresso e o compromisso com sustentabilidade podem ser encontradas no site www.nespresso. com. 

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