MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Associação de Pessoas com Doenças Falciforme de Ilhéus vem avançando a cada dia

ILHÉUS NOTICIAS
A Associação surgiu em 1997, quando do diagnóstico de “traço falciforme” em uma assistente social, que reside aqui em Ilhéus, o que causou curiosidade. Por ser uma doença desconhecida um grupo de pessoas se reuniram para fundar a associação.
A APEDFI – Assoc. de Pessoas com Doenças Falciforme de Ilhéus tem como finalidade congregar pacientes, familiares, amigos e profissionais de saúde. Se reuni com seus associados toda primeira quarta do mês usa também as redes sociais para informar sobre a patologia, orienta sobre os cuidados para que se tenha uma qualidade de vida já que a cura não está ao alcance de todos. A associação também tem o papel de garantir os direitos das pessoas com DF junto aos poderes públicos.
Ilhéus oferta acompanhamento para pessoas a partir dos 12 anos, as crianças eram atendidas pelo CERDOF em Itabuna, no entanto final de fevereiro/18 esse atendimento foi suspenso pela Central de Regulação de Itabuna para todos os municípios não pactuados, o que oferece risco à vida das mesmas que se encontram sem o devido acompanhamento.

Quando assumimos a associação que estava desmotivada há mais de 4 anos reiniciamos do zero, fizemos busca ativa aos pacientes afim de trazer de volta à clínica que só oferecia na época uma hematologista, que logo se aposentou. Ficamos praticamente um ano sem atendimento com especialista. Mas a associação foi à luta e tivemos muitas vitórias a exemplo: a contratação da equipe multiprofissional (hematologista, psicólogo, enfermeira, assistente social, nutricionista técnico de enfermagem)) conseguimos normalizar a dispensação dos medicamentos de uso continuo, garantimos a participação em eventos relacionados a DF dentro e fora do município.
As pessoas com Doença Falciforme em Ilhéus encontram muitas dificuldades para fazer o tratamento, pela falta constante de medicamentos de uso contínuo dispensado pela atenção farmacêutica do município, consultas com outros especialistas, alguns exames de imagens e cirurgião, até mesmo alguns exames de laboratório demanda tempo para marcação o que implica no retorno à consulta com a hematologista o que compromete de fato o tratamento.
Ilhéus oferta acompanhamento para pessoas a partir dos 12 anos, as crianças eram atendidas pelo CERDOF em Itabuna, no entanto final de fevereiro/18 esse atendimento foi suspenso pela Central de Regulação de Itabuna para todos os municípios não pactuados, o que oferece risco à vida das mesmas.
Existe um outro agravante, quando acometidos por crises álgicas as pessoas com DF muitas das vezes demoram de procurar a emergência dos hospitais, por conta da falta de informação de muitos profissionais de saúde que não sabem como classificar as dores. Hoje temos paciente que além de tratar a DF, trata também de uma neoplasia mamária, paciente dialisando, pacientes com risco de avc, pacientes com abdômen agudo, pacientes necrosados já deficientes físico, pacientes com retinopatia que já perderam a visão, enfim.
Já solicitamos da atual gestão que olhe para o programa da Doença Falciforme de Ilhéus e continue garantido as nossas conquistas que foram frutos das nossas lutas.
Fazemos um apelo aos doadores de sangue ou até mesmo você que nunca doou que procurem o banco de sangue e façam sua doação, existe alguns pacientes que necessitam de transfusão regular e em outros casos a pessoa com Doença Falciforme em crise de dor precisam ser transfundidos.
Com luta e resistência nós vamos vencer o racismo institucional para que tenhamos o atendimento que precisamos ter. A “dor” é força que nos move e que nos mantem firmes, a APEDFI pode contar com vários parceiros e amigos para realização de seus eventos. Em abril/18 a APEDFI completou 21 anos de fundação, somos uma família solidária com a dor do outro, porque a dor de um é a dor de todos e se você não sente dor não subestimem a nossa.
Ilhéus, 31 de agosto de 2018.

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