MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Elegante e educada, Marinha Silva resistiu à prepotência de Bonner e Renata


Marina Silva no Jornal Nacional (Foto: Divulgação)
Marina era interrompida sempre que tentava responder
Carlos Newton
Nesta quinta-feira, o Jornal Nacional encerrou de forma lamentável, deplorável e abominável a série de entrevistas que se propôs a fazer com os  principais candidatos à sucessão presidencial. Os apresentadores-inquisidores-interrogadores William Bonner e Renata Vasconcelos deram ao Brasil mais uma aula de antijornalismo. Truculentos, deseducados e persecutórios, os dois representantes globais simplesmente não deixaram a candidata Marina Silva responder às suas intermináveis e capciosas perguntas. Foi um massacre, que Marina Silva soube suportar com a maior dignidade.
Bonner e Renata fizeram o possível e o impossível para demolir a imagem da política acreana. Logo de cara, acusaram-na de não ter liderança para presidir, sob a alegação pueril de que dois deputados da Rede (metade da bancada) abandonaram o partido em abril. A partir daí, houve um festival de arrogância e prepotência realmente inexplicável.
RARAS RESPOSTAS – Durante toda a torturante entrevista, que durou 27 minutos, Marina da Silva só conseguiu responder a uma ou duas inquisições. Em todas as demais, Bonner e Renata se revezaram em interrompê-la logo que a candidata iniciava suas defesas, porque não houve perguntas, mas apenas acusações.   
Os dois pseudos jornalistas não fizeram nenhuma indagação  sobre programa de governo, nada, nada – todas as questões tinham caráter acusatório. Parecia que Marina Silva era responsável por todas as mazelas da política, quando se sabe que ocorre justamente o contrário, ela integra a pequenina ala da ficha limpa, jamais houve denúncias de corrupção e “malfeitos” envolvendo sua carreira.
Mas os apresentadores globais se comportavam de forma patética, como se estivessem interrogando meliantes como Geddel Vieira Lima, Roberto Jefferson ou José Dirceu.
CABEÇA NO LUGAR – Em tradução simultânea, a pretensa entrevista mostrou que Marina Silva é uma candidata que tem a cabeça no lugar, jamais aprovaria uma reforma trabalhista que enfraquecesse ainda mais o empregado diante do patrão. Ela também não aceitaria fazer uma reforma da Previdência que punisse apenas os suspeitos de sempre, como dizia o chefe de Polícia no filme “Casablanca”.
No final, quando os inquisidores enfim lhe deram um minuto para falar sem ser interrompida, Marina foi concisa, precisa e objetiva. Deu seu recado com raro brilho, agora é possível entender melhor por que tantos eleitores acham que ela é a melhor candidata.
Marisa Silva é uma espécie de Dilma Rousseff ao contrário, pois conseguiu se tornara a política brasileira mais respeitadas no exterior, sem fazer reflexões sobre a necessidade de estocar o vento nem exaltações à importância da mandioca, que já havia sido consagrada internacionalmente com o filme “Dona Flor e seus dois maridos”, de Bruno Barreto.
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