O avanço do mar
sobre a cidade de Mucuri, no sul da Bahia, vem causando grandes
estragos aos longo dos anos. De acordo com o prefeito da cidade, Carlos
Simões, desde 2014, cerca de 15 imóveis localizados na orla da cidade
desabaram por conta da erosão costeira.
"Essas erosões
vêm ocorrendo há cerca de 20 anos, mas de três anos para cá, se deu de
uma maneira muito intensa. Avenidas inteiras foram levadas, além de
imóveis que foram construídos nessas vias. O mar vem tomando as quadras,
ruas e imóveis construídos nesses locais", diz o prefeito.
Ainda de acordo
com Simões, os desabamentos ocorridos no município não fizeram vítimas.
"Quando as pessoas percebiam que a maré já estava batendo na parede,
elas desocupavam o imóvel", afirma.
Uma das
principais vias da cidade, a Avenida Perobas, foi atingida pela erosão. O
mar destruiu cerca de 10 metros do asfalto. Em abril deste ano, a
prefeitura decretou estado de emergência, cuja vigência vai até o fim
deste mês. "Vamos renovar o decreto para que o Ministério da Integração
nos auxilie nesta demanda", afirma o prefeito.
A Defesa Civil
da cidade informou que alguns espigões, estruturas perpendiculares à
linha da costa, foram construídos. Segundo o órgão, a medida,
considerada paliativa, funcionou por um tempo, mas depois perdeu a
eficácia.
Como
consequência da erosão e destruição de ruas e imóveis, o turismo e
comércio da cidade foram atingidos. O turismo de praia sofreu uma queda
de cerca de 70%, enquanto o comércio sofreu redução de 50%.
O prefeito
Carlos Simões disse que na próxima terça-feira (10) se reunirá com o
Governo do Estado, em Salvador, para tentar buscar uma solução
definitiva para o problema de Mucuri, junto ao Ministério da Integração.
"Esta solução compete recursos que Mucuri não dispõe e, por isso,
precisamos do apoio do Ministério", diz o prefeito.
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