MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Maia vai assumir, porque Temer fará um cateterismo antes de operar a próstata


O presidente Michel Temer deixa hospital em Brasília (Foto: Eraldo Peres/AP)
Na saída, Temer e Marcela denotavam apreensão
Carlos Newton
A primeira versão sobre o estado de saúde do presidente Michel Temer, no ínicio da tarde desta quarta-feira, foi de que ele sofrera apenas um “incômodo” e fora atendido pela equipe médica do Planalto. Depois, o chefe do governo teria saído andando do palácio, para entrar no carro oficial e ir para o Hospital do Exército seguido pela ambulância presidencial, em procedimento de rotina. Por volta das 16 horas, porém, o Planalto subiu o tom e informou que Temer havia sido submetido a uma “sondagem vesical de alívio por vídeo” e passava bem. A família do presidente já tinha sido informada e, por volta das 17 horas, a primeira-dama, Marcela Temer, chegou ao hospital.
Segundo apurou o G1, o médico particular do presidente, Roberto Kalil, do Sírio-Libanês, ficou em contato com a equipe do Hospital do Exército e durante a tarde chegou a ser avaliada a possibilidade de Temer ser levado a São Paulo ou de Kalil ir para Brasília. O avião da Presidência chegou a ser preparado para decolar, com a tripulação aguardando embarque.
TEVE ALTA – O presidente teve alta no início da noite e foi direto para o Palácio Jaburu, de acordo com o Planalto, que não informou mais detalhes sobre o caso médico do presidente e até distribuiu uma foto de Temer saindo do hospital, todo alegre, com polegar para cima e dizendo que está “inteiro”.
O comportamento da assessoria do governo repete a estratégia usada no caso da doença que acometeu o ministro Eliseu Padilha há alguns meses. Ele teve exatamente o mesmo problema de Temer, não conseguia urinar, foi atendido também no Hospital do Exército, recebeu alta, não era nada, apenas hiperplasia prostática benigna, mas dias depois Padilha era operado no mais sofisticado hospital de Porto Alegre, sofrendo uma cirurgia radical de extração da próstata, que deixa graves sequelas nas funções urinárias e sexuais.
A recuperação é lenta, mas Padilha precisava reassumir a Casa Civil para garantir o foro privilegiado. Desobedeceu a orientação dos médicos, forçou a alta e viajou para Brasília 17 dias após a operação, ainda sem estar totalmente recuperado, muito magro e andando com dificuldade, conforme os telejornais exibiram.
MESMA DOENÇA? – As informações que circulam em Brasília, transmitidas à TI pelo jornalista e advogado José Carlos Werneck, revelam que Temer estaria com hiperplasia prostática, a mesma doença de Eliseu Padilha. A diferença é que Padilha é um homem atlético, com saúde de touro holandês, como dizia nosso amigo Nélson Rodrigues, e tinha 71 anos ao ser operado, enquanto Temer já está com 77 anos e apresenta problemas cardíacos.
Como se sabe, o atendimento de emergência ao presidente Michel Temer, por obstrução urológica, foi o segundo episódio no mês envolvendo problemas de saúde. Há menos de duas semanas, o presidente recebeu diagnóstico de obstrução parcial de artéria coronária e iria se submeter a um cateterismo, mas adiou, por causa da votação na Câmara. Agora, foi surpreendido pela obstrução urinária, que requer tratamento cirúrgico (raspagem, extração parcial ou radical da próstata), ao qual não poderá ser submetido antes de resolver o problema coronariano. Se a obstrução persistir, Temer terá de usar uma sonda permanente, para aliviar as dores, que são intensas nesse tipo de doença.
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