Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na
noite de hoje (25) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)
para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral).
Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos
favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara,
deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486
votantes e 25 ausentes.
O parecer votado hoje foi apresentado pelo deputado Bonifácio de Andrada
(PSDB-MG), que recomendou a inadmissibilidade da autorização da Câmara
para que STF iniciasse as investigações contra o presidente e os
ministros. As informações são da Agência Brasil.
Devido ao resultado da votação, a acusação permanecerá parada no STF. A
Corte só poderá continuar com a investigação quando Temer deixar a
presidência e perder o foro privilegiado.
A partir disso, caberá a um juiz de primeira instância analisar a
denúncia e tomar as medidas necessárias. O STF irá designar o juiz assim
que for avaliado o local onde ocorreu o crime.
Durante a paralisação, o relator do caso no Supremo, Edson Fachin, terá que determinar a suspensão do prazo para a prescrição.
O mesmo ocorrerá com o processo em que o presidente é acusado de
corrupção passiva, que também foi arquivado após votação na Câmara, no
último mês de agosto. Quando da decisão dos deputados, Fachin se
pronunciou sobre os prossedimentos a serem adotados.
"Diante da negativa de autorização por parte da Câmara dos Deputados
para o prosseguimento do feito em relação ao presidente da República, o
presente feito deverá permanecer suspenso enquanto durar o mandato
presidencial."
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