MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

PT tem a maior perda de votos, receita e influência; tucanos e nanicos crescem



Por Folhapress | Fotos: Reprodução
A análise do resultado das urnas deste domingo (2) mostra que o PT, partido que governou o país por 13 anos seguidos, sofreu a pior derrota entre todas as legendas sob qualquer aspecto. 
 
Em número de prefeituras, a queda fará o partido voltar praticamente doze anos no tempo. 
 
Em 2004, embalado pela vitória de Lula em 2002 e antes do escândalo do mensalão, o partido elegeu 411 prefeitos. O número continuou crescendo nas eleições seguintes, até os 644 do último pleito. 
 
Agora apenas 256 petistas foram eleitos, além dos sete que disputarão o segundo turno. Mesmo no melhor cenário, com todos eles vencendo, a queda em relação a 2012 será de 59%, a maior de todas as legendas. 
 
O partido também foi o que teve a maior queda em número de votos para prefeito no primeiro turno. Seus candidatos receberam, ao todo, 6,8 milhões de votos, contra 17,2 milhões há quatro anos -queda de 60%. 
 
Atingido em cheio pela Operação Lava Jato e diante das novas regras eleitorais, com campanha mais curta e sem doações de empresas, o partido lançou menos candidatos e sofreu para arrecadar recursos. 
 
No vácuo do declínio petista, partidos de menor expressão, os chamados "nanicos", avançaram. A pulverização beneficiou siglas como PHS e PTN, por exemplo, que elegeram mais prefeitos e ganharam mais votos. 
 
Também ganharam prefeituras partidos novos como Solidariedade e Pros. 
 
Entre os maiores, o PSDB foi o partido que mais cresceu. O número de prefeituras subiu da 701 em 2012 para 793. Considerando os 19 candidatos disputando segundo turno, o partido pode chegar a 812 administrações, o que significaria crescimento de 16%. 
 
Em número de votos, os tucanos cresceram 27%: de 12,9 milhões há quatro anos para 17,6 milhões agora. 
 
Em termos práticos, o encolhimento do PT nas urnas também significa menos receita e população administrada por seus filiados. 
 
Um cruzamento com dados de 4.817 cidades com informações na Secretaria do Tesouro Nacional e cuja eleição já está definida aponta uma queda de 84% no volume de receitas que serão geridas por prefeitos petistas. A estimativa é conservadora, sem atualização da inflação. 
 
E, se em 2012 o partido conquistou influência direta sobre uma população de 38 milhões de habitantes, agora serão apenas 6 milhões, uma redução também de 84%. 
 
Já o PSDB terá um salto de 168% no total de receitas administradas, além de ter influência sobre uma população de 37,5 milhões de pessoas, um aumento de 45% em relação à última eleição.

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