Por Redação Bocão News
O
Ministério da Fazenda divulgou nota à imprensa na noite desta
terça-feira (6) para informar que o titular da pasta, Henrique
Meirelles, "se limitava a prestar consultoria" para a J&F, empresa
investigada na Operação Greenfield – que apura irregularidades em quatro
dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais, com
desvios estimados em pelo menos R$ 8 bilhões.
Nesta segunda-feira (5), Wesley Batista, um dos sócios controladores
da J&F, holding detentora da JBS, e Walter Torre, dono da
Construtora WTorre, foram levados para prestar depoimento na Polícia
Federal em São Paulo.
Antes de ser ministro da Fazenda, Meirelles era presidente do Conselho
Consultivo da J&F. Segundo o Ministério da Fazenda, Meirelles
"nunca dirigiu esta empresa ou a Eldorado". De acordo com a nota, os
serviços prestados por Meirelles "se concentraram na montagem do Banco
Original".
Veja a íntegra da nota à imprensa
"Nota de esclarecimento
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informa que foi membro
do conselho de diversas empresas, além de ter desempenhado a função de
chairman do Lazard Americas, um grande banco de investimento sediado em
Nova York.
Meirelles fez parte dos Conselhos de Administração da Azul e do
Lloyds of London, posições onde tinha responsabilidades estatutárias,
além de ter participado como senior advisor da Kolberg, Kravis and
Roberts (KKR) e empresas de investimentos.
Meirelles foi membro do Conselho Consultivo da J&F e nunca
dirigiu esta empresa ou a Eldorado. Ele se limitava a prestar
consultoria, cujos serviços foram concentrados na montagem do Banco
Original. As empresas do grupo contavam com quadro de diretores, do
qual Meirelles nunca fez parte.
No final do período de prestação de consultoria, Meirelles assumiu
temporariamente, e de forma transitória, a presidência do Conselho de
Administração da J&F. Em nenhum momento, porém, exerceu quaisquer
funções executivas na empresa.
O contrato de consultoria com a J&F estipulava que Meirelles
não participava da gestão e não tinha acesso aos dados internos da
empresa. Suas sugestões como consultor restringiam-se a assuntos do
Banco Original ou para algum movimento estratégico, particularmente fora
do Brasil, sobre o qual a J&F demandasse sua opinião. O contrato
deixava claro que a empresa podia ou não adotar essas sugestões.
Meirelles reitera não ter, atualmente, nenhuma relação com quaisquer dessas empresas.
Quando convidado para o ministério, Meirelles rescindiu todos os
contratos e cessou todos os vínculos com o setor privado, da mesma
maneira que fez ao assumir o Banco Central, em 2003, encerrando todas as
atividades com o Bank Boston, instituição onde chegou a exercer a
presidência mundial.
Meirelles informa que houve um processo normal, rigoroso, feito com
todo o cuidado e atenção, como sempre procedeu, não só na elaboração
dos contratos como no encerramento desses termos. As rescisões
contratuais prepararam o caminho para sua dedicação integral ao setor
público, sem nenhuma ligação com o setor privado. Os vínculos foram
encerrados transparentemente, de forma direta, objetiva, completa e
cuidadosa.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO MINISTÉRIO DA FAZENDA".
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