Para presidente, país vive "a pior crise de sua história"
O presidente Michel Temer fez um discurso no qual se justificou pelos problemas atravessados pelo país durante a edição deste ano do fórum da revista Exame, realizado nesta sexta-feira (30).
Diante da crise na qual atravessa o país - com 12 milhões de desempregados, queda do PIB, inflação crescente e baixos investimentos - Temer afirmou: “Não é culpa minha”, se referindo ao fato de ter herdado o cargo da ex-presidente de Dilma Rousseff, que sofreu impeachment no final de agosto. O governante também disse que o Brasil vive a “pior crise de sua história”, em relação ao desequilíbrio das contas.
Ele lamentou as dívidas de R$185 bilhões herdadas do governo anterior. “Os gastos se transformaram numa bola de neve", Temer afirmou que a causa da crise é interna e fiscal. Segundo ele, o Estado se endividou além de sua capacidade, gerando recessão e desemprego. “Não quero assustá-los, mas motivá-los para que juntos possamos sair dessa crise”, afirmou.
O presidente insistiu que “a irresponsabilidade fiscal é um veneno que corrói os direitos sociais”. Para ele, o momento exige uma “vacina contra o populismo fiscal”, e afirmou a necessidade de “um diagnóstico preciso.”
Temer aproveitou o evento para criticar o governo Dilma, do qual fez parte. “É como se deslumbrando o abismo no horizonte, [o governo] tivesse colocado os dois pés no acelerador. Nós encontramos um país que acumula trimestres consecutivos de queda do PIB e com inflação crescente.”
Focado na questão fiscal, o presidente comentou que o maior direito social do brasileiro é o emprego e emendou: “O Brasil quer a responsabilidade fiscal”. Temer concluiu defendendo as suas reformas para o país. “Se eu ficar impopular, mas o Brasil crescer, me dou por satisfeito.”
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