As autoridades fiscais espanholas querem que o atacante Neymar, do
Barcelona, seja julgado por corrupção. A informação foi divulgada pela
rádio espanhol Cadena SER e pela agência EFE nesta segunda-feira (06). A
Fiscalía de la Audiencia Nacional, órgão equivalente ao Ministério
Público local, acusa o jogador de corrupção, crime que prevê uma pena de
até dois anos de prisão, além de multas milionárias. "Uma vez
praticadas todas as diligências de investigação para esclarecer o caso",
segundo a rádio, as autoridades também querem julgar os pais de Neymar,
o Barça, o Santos, e seus ex-presidentes - respectivamente Sandro
Rosell e Odilio Rodrigues. O principal alvo das manobras das quais
Neymar é acusado é o grupo DIS, que possuía 40% dos direitos federativos
do atleta. O fundo fez queixa na Justiça espanhola alegando ter sido
prejudicado na negociação do atleta com o Barça em 2013, uma vez que o
atleta teria assinado um pré-contrato com a própria equipe catalã em
2011. Neste documento, segundo as autoridades espanholas, a DIS foi
privada da livre concorrência pelo atleta e acabou financeiramente
prejudicada na disputa por Neymar, uma vez que nenhum clube poderia
cobrir a oferta feita pelos catalães. "O Barcelona e a família do Neymar
fizeram o primeiro acordo em 2011 sem passar pelo Santos e por seus
representantes. A Fifa não permite 'venda futura' e certamente pode
penalizar o Barcelona e o Neymar por essa transação", destacou ao UOL
Esporte o diretor da DIS, Roberto Moreno. Para contratar Neymar, o
Barcelona teria simulado contratos nos quais alegou pagar 17,1 milhões
de euros (R$ 67,7 milhões, em valores atuais), dos quais a DIS recebeu
10 milhões de euros (cerca de R$ 39,6 milhões). Um dos contratos foi
assinado pelo próprio Neymar. Entretanto, a transação custou aos cofres
catalães 25,1 milhões de euros (pouco menos de R$ 100 milhões) – neste
caso, o fundo deveria ter recebido 13,2 milhões de euros (R$ 52,3
milhões). A diferença – oficialmente de 3.228.440 euros, ou R$
12.793.127 – não foi paga. Folha)
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