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Gregorio Vivanco
Lopes
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Fala-se
que uma das razões da Inglaterra ter saído da União Europeia, é que a Rainha
Elizabeth teria se declarado por essa solução. E como seu prestígio é imenso nas
ilhas britânicas, isso teria influído decisivamente no resultado do plebiscito.
O fato não é certo, pois não existe comprovação de que a Rainha Elizabeth tenha
se pronunciado a respeito do plebiscito. Entretanto, fato ou boato, o prestígio
da realeza na Grã Bretanha é indiscutível e se mostra a todo
momento.
Isso
nos leva a falar de uma outra Rainha-símbolo a Rainha Maria Antonieta de
França.
Mais de
220 anos após ter sido guilhotinada pela Revolução Francesa, o prestígio e a
admiração pela rainha Maria Antonieta cresce no mundo
contemporâneo.
Símbolo
da realeza feminina, Maria Antonieta, essa filha dos imperadores da Áustria,
casada com o rei da França Luís XVI, serviu de símbolo-alvo para o ódio
revolucionário que se desencadeou no final do século XVIII contra a monarquia e
a Religião.
A fim
de “justificar” a sanha ululante que os animava, os revolucionários de 1789
inventaram contra Maria Antonieta toda espécie de calúnias. Chamavam-na
pejorativamente de “a austríaca”, “orgulhosa”, “Madame
déficit”. Ante o povo que não tinha pão (devido a manobras executadas pelos
clubes revolucionários para produzir revolta) ela teria afirmado: “Se não
têm pão, comam brioche”, frase que, na verdade, ela nunca disse, mas se
encontra em livro do filósofo revolucionário Jean Jacques Rousseau, publicado...
vinte anos antes da Revolução Francesa!
Passada
a onda antimonárquica, historiadores imparciais debruçaram-se sobre os fatos e
jogaram água fria sobre a febricitação revolucionária. Maria Antonieta começou a
aparecer então a nossos contemporâneos, já a partir da segunda metade do século
XX, na sua verdadeira estatura.
Não
queremos absolutamente insinuar que ela foi uma santa. Não é disso que se trata.
A menos, é claro, que seu martírio, levado com tanta dignidade e com tanto
espírito católico, tenha feito dela verdadeiramente uma rainha-mártir. A ponto
de ter-se ela negado, catolicamente, nos últimos momentos de sua vida, a receber
qualquer sacramento de um padre juramentado (assim eram chamados os sacerdotes
que haviam jurado a herética Constituição Civil do Clero).
Mártir
da Igreja perseguida, mártir também da monarquia ultrajada.
Hoje em
dia as apreciações se inverteram, e Maria Antonieta é cada vez mais venerada na
França. Um julgamento simulado, feito em Paris por ocasião do bicentenário da
Revolução Francesa, proporcionou-lhe uma estrondosa absolvição. Ela tem sido
revivida em filmes, em exposições, em objetos de arte.
Trata-se de um fenomenal revide da
História. O mais sintomático, porém, é que a mudança não ocorre apenas da
França. Pelo mundo afora a Rainha mártir é cada vez mais
simpatizada.
(*)
Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM
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quinta-feira, 30 de junho de 2016
Cresce o prestígio póstumo da Rainha Maria Antonieta
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