segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
'NYT': Mosquitos geneticamente modificados são a nova arma contra o Aedes aegyti
Matéria publicada neste domingo (31) no The New York Times, por Andrew Pollack, conta que todos os dias, ás 7 da manhã, uma van dirige lentamente através de uma cidade brasileira do sudeste de Piracicaba carregando uma carga preciosa: mosquitos. Mais de 100.000 deles libertados de recipientes e despejados para fora da janela da van, e voam para encontrar seus companheiros mosquitos. Mas não são mosquitos comuns. Eles foram geneticamente modificados para transmitir um gene letal para sua prole, que acaba morrendo antes que de atingir a idade adulta. Em pequenos testes, esta experiência tem reduzido as populações de mosquitos em 80 por cento ou mais.
Segundo a reportagem, erros de biotecnologia poderiam se tornar uma das mais recentes armas na difícil batalha entre humanos e mosquitos, que matam centenas de milhares de pessoas por ano através da transmissão de malária, dengue e outras doenças devastadoras. As atuais estatísticas apontam o inseto, como o mais mortífero no mundo. "Quando se trata de matar seres humanos, nenhum outro animal se aproxima do mosquito", Bill Gates, cuja fundação combate a doença a nível mundial.
A Organização Mundial de Saúde chamou a propagação do zika vírus de "explosiva", sendo transmitido principalmente no Brasil e países da América Latina. Especialistas dizem que são necessários novos métodos porque as práticas já utilizadas, como inseticidas e remoção da água parada onde os mosquitos se reproduzem, não estão se mostraram suficientes. "Depois de 30 anos de luta, tivemos mais de dois milhões de casos de dengue no ano passado no Brasil", disse o Dr. Artur Timerman, especialista em doenças infecciosas, em São Paulo. "Novas abordagens serão necessárias".
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