Nota foi mantida em BBB- e segue classificada como 'grau de investimento'.
Perspectiva significa previsão de maior demora na volta ao crescimento.
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s informou
nesta terça-feira (28) que manteve em "BBB-" a nota de crédito do
Brasil, mas alterou a perspectiva para negativa. A nota do país segue
classificada como “grau de investimento”.
A perspectiva negativa, segundo a S&P, indica que a agência
acredita que há uma probabilidade maior que uma em três de que haverá
mais correções dada a “dinâmica política fluida” e de que o retorno a
uma trajetória de crescimento firme vai demorar mais que o esperado.
“Desde 23 de março de 2015, quando reafirmamos os ratings pela última vez, acreditamos que os riscos de piora no Brasil cresceram. Revisamos a perspectiva para negativa porque, apesar das amplas mudanças a caminho, que continuamos a acreditar que têm o apoio da presidente, os riscos para sua execução cresceram. Em nosso ponto de vista, esses riscos vêm tanto da frente econômica quanto da política”, diz a S&P.
A nota "BBB-" é o último degrau do grau de investimento – uma espécie de "selo de bom pagador" e "porto seguro" para investir" dada a países com baixo risco de calotes a investidores financeiros internacionais.
No mercado financeiro, a nota de um país funciona como um "certificado de segurança" que as agências de classificação dão a países que elas consideram bons pagadores.
Um novo rebaixamento da nota pela S&P faria com que o Brasil voltasse ao grau especulativo. Na classificação das outras duas principais agências de classificação de risco (Fitch e Moodys), o Brasil segue em melhor situação (entenda as classificações no quadro mais abaixo).
A S&P foi a primeira a conceder o grau de investimento ao país, em abril de 2008.
Circunstâncias desafiadoras
Na análise, a agência ressalta que o Brasil enfrenta “circunstâncias
políticas e econômicas desafiadoras” durante o segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff.
“O número de investigações de corrupção envolvendo certos políticos e empresas está crescentemente pesando sobre as perspectivas fiscais e econômicas do Brasil, colocando em risco a implementação efetiva de medidas, particularmente no Congresso”, diz a agência.
A agência ressalta que a coesão política do Congresso está em risco, e vê menos apoio do Congresso para aprovar as medidas de ajuste fiscal. A possibilidade de impeachment de Dilma “ressalta os desafios que a presidente tem para conseguir apoio consistente para a correção de curso das políticas e a retomada da economia”.
Fitch também mudou perspectiva
Em abril, a Fitch também decidiu manter manter a nota de crédito do Brasil e alterar a perspectiva para negativa. De acordo com a agência, o contínuo baixo desempenho da economia, os crescentes desequilíbrios macroeconômicos, a deterioração fiscal e o aumento da dívida pública estão aumentando a pressão negativa sobre o perfil de crédito soberano do país.
"Enquanto o governo começou um processo de ajuste macroeconômico para impulsionar a credibilidade e a confiança, riscos negativos relacionados à sua implementação efetiva e durabilidade persistem, especialmente no contexto de um ambiente econômico e político desafiador", diz a Fitch em comunicado.
“Desde 23 de março de 2015, quando reafirmamos os ratings pela última vez, acreditamos que os riscos de piora no Brasil cresceram. Revisamos a perspectiva para negativa porque, apesar das amplas mudanças a caminho, que continuamos a acreditar que têm o apoio da presidente, os riscos para sua execução cresceram. Em nosso ponto de vista, esses riscos vêm tanto da frente econômica quanto da política”, diz a S&P.
A nota "BBB-" é o último degrau do grau de investimento – uma espécie de "selo de bom pagador" e "porto seguro" para investir" dada a países com baixo risco de calotes a investidores financeiros internacionais.
No mercado financeiro, a nota de um país funciona como um "certificado de segurança" que as agências de classificação dão a países que elas consideram bons pagadores.
Um novo rebaixamento da nota pela S&P faria com que o Brasil voltasse ao grau especulativo. Na classificação das outras duas principais agências de classificação de risco (Fitch e Moodys), o Brasil segue em melhor situação (entenda as classificações no quadro mais abaixo).
A S&P foi a primeira a conceder o grau de investimento ao país, em abril de 2008.
Circunstâncias desafiadoras
“O número de investigações de corrupção envolvendo certos políticos e empresas está crescentemente pesando sobre as perspectivas fiscais e econômicas do Brasil, colocando em risco a implementação efetiva de medidas, particularmente no Congresso”, diz a agência.
A agência ressalta que a coesão política do Congresso está em risco, e vê menos apoio do Congresso para aprovar as medidas de ajuste fiscal. A possibilidade de impeachment de Dilma “ressalta os desafios que a presidente tem para conseguir apoio consistente para a correção de curso das políticas e a retomada da economia”.
Fitch também mudou perspectiva
Em abril, a Fitch também decidiu manter manter a nota de crédito do Brasil e alterar a perspectiva para negativa. De acordo com a agência, o contínuo baixo desempenho da economia, os crescentes desequilíbrios macroeconômicos, a deterioração fiscal e o aumento da dívida pública estão aumentando a pressão negativa sobre o perfil de crédito soberano do país.
"Enquanto o governo começou um processo de ajuste macroeconômico para impulsionar a credibilidade e a confiança, riscos negativos relacionados à sua implementação efetiva e durabilidade persistem, especialmente no contexto de um ambiente econômico e político desafiador", diz a Fitch em comunicado.
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