MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 18 de julho de 2015

Para aumentar a demanda, postos de combustíveis reduzem o preço da gasolina

Preço médio do litro de gasolina na Bahia caiu de R$ 3,506 para R$ 3,463
Naiana Ribeiro (naiana.ribeiro@redebahia.com.br)
Após uma enxurrada de reajustes, um fio de esperança chega ao consumidor baiano: o preço do combustível está mais barato. Quando comparado com a mesma semana do mês passado, o preço médio do litro de gasolina na Bahia caiu de R$ 3,506 para R$ 3,463, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 
Em Salvador, este valor passou de R$ 3,578 para R$ 3,505 em um mês - o preço mínimo do litro, que no mês passado era de R$ 3,54, agora chega a R$ 3,36. 
Para aumentar a demanda, postos de combustíveis reduzem o preço da gasolina.
(Foto: Arquivo CORREIO)
O CORREIO foi a 11 postos em Salvador e constatou que - em pelo menos oito deles - o preço da gasolina está menor do que na semana passada, chegando a R$ 3,29 o litro no posto Ipiranga do Alto das Pombas e no Menor Preço da Bonocô. Em alguns casos, a redução chega a R$ 0,30 por litro em uma semana, o que pode gerar uma economia de até R$ 15/tanque. 
Este movimento na Região Metropolitana de Salvador (RMS), inclusive, já tinha sido notado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o coordenador regional de disseminação de informações do IBGE, Joilson Rodrigues, desde maio há uma tendência de queda nestes preços. “Em janeiro, o valor sofreu uma redução de 1,5%; em fevereiro, houve um aumento de 13,92%; já em março, o aumento foi de 1,03%. Em abril, o aumento foi de 0,1%”, revela. 
Desde maio, segundo os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço médio da gasolina pesa menos no bolso dos soteropolitanos. “A redução de maio foi de 0,21% e, em junho, de 0,6%”, enumera Rodrigues.
Estratégia
Movimento este que a bióloga Verônica Fraga percebeu há duas semanas. “Com a queda da procura, os empresários tentam nos atrair aos postos”, especula. E ela acertou.
Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Bahia (Sindicombustíveis), a redução do preço no litro da gasolina é própria do mercado. “O empresariado percebeu que a procura pelo produto diminuiu, pois o consumidor está economizando, e abaixou o preço”, diz o presidente da entidade, José Augusto Costa. 
Ele considera que agora é o momento propício para o consumidor encher o tanque. “Há uma guerra concorrencial. Não sei quanto tempo o empresariado vai aguentar segurar isso”, afirma.  
Para o engenheiro químico e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Luiz Pontes é impossível prever até quando os preços da gasolina continuarão baixos. “O mercado sentiu a queda do consumo e abaixou os preços, mas não dá pra saber até quando vai aguentar”, garante. O professor ressalta que os preços variam conforme a localização dos postos de combustíveis pela cidade.  
Movimentação O maqueiro Edson Muniz, por sua vez, só percebeu ontem que o posto que frequenta, no Alto das Pombas, está com o preço abaixo da média. “É bom para nós, pois cada centavo influencia no orçamento”.
O gerente deste posto, de bandeira Ipiranga, não quis se identificar, mas revelou que nesta semana o preço da gasolina já abaixou duas vezes. “Estava por R$ 3,38 e foi para R$ 3,35. Depois baixou para R$ 3,29”, lembra. 
Chefe de pista do posto BR do Dique do Tororó, Zé Carlos Silva revela que o preço do litro do combustível abaixou ontem. “Foi de R$ 3,54 para R$ 3,34. Já notamos uma movimentação 5% maior”, diz.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Economia, Paulo Dantas, dois fatores influenciam na queda do preço do combustível. “A demanda de todos os bens tem se retraído. Além disso, o preço internacional do petróleo está mais baixo”.  
De acordo com o economista, o aumento da taxa de juros reduz a demanda por todos os produtos e inclusive pelo petróleo, principal componente da gasolina. “O preço deve reduzir ainda mais por conta desta influência externa. O barril do petróleo custava acima de US$ 100. Hoje está perto dos US$ 50”, acrescenta o economista.

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