Mas continuarão condenados a, no máximo, três anos de internação… E assim será se matarem mais 10! É como as esquerdas entendem os… direitos humanos!
Que
coisa, não? Somos obrigados a sentir saudade do que nunca tivemos: um
padrão mínimo de civilidade. Em algum momento, ali por meados da década
de 90 e alguns poucos anos diante, cheguei a achar que pudesse dar pé,
durante a implementação e consolidação do Plano Real. Não tinha nada a
ver com escolha ideológica. É que o Real e as privatizações, porque
necessários, mas não necessariamente fáceis, pareciam firmar algum
compromisso da sociedade brasileira com a racionalidade. Huuummm… Depois
veio o que sabemos. Estávamos de volta à melancolia.
Foi o que
pensei ao saber que Gleison Vieira da Silva, 17 anos, um dos menores
homicidas e estupradores do Piauí, foi assassinado por seus três
parceiros de barbárie, também menores, dentro do Centro Educacional
Masculino (CEM) de Teresina. Pessoas que praticam estupro não são
bem-vistas em presídios e instituições que abrigam menores infratores.
Por isso, os quatro eram mantidos separados dos demais internos do CEM.
Ocorre que
Gleison era considerado pelos outros um alcagueta. É ele quem aparece
naquele vídeo relatando, em detalhes, como o grupo, acompanhado de um
bandido maior de idade, rendeu as quatro garotas, estuprou-as,
torturou-as e as jogou de um precipício, tentando matá-las, em seguida, a
pedradas. Uma das adolescentes, de fato, morreu. Os médicos ficaram
espantados com a brutalidade. A menina teve esmagamento da face do lado
direito, lesões pelo pescoço e traumatismo torácico.
Pois bem.
Gleison tinha sido “jurado” pelos outros. É claro que jamais poderiam
ter ficado juntos, mas ficaram. Na noite desta quinta, Gleison foi
atacado e assassinado pelos comparsas F.J.C.J, de 17, I.V.I e B.F.O,
ambos de 15. Mais grave: ele já havia relatado que estava sendo alvo de
ameaças caso não mudasse a sua versão.
Agora o ECA e os imbecis
Pois é… Os quatro, agora os três, estavam em internação cautelar. Afinal, ainda cabe recurso da Defensoria Pública e do Ministério Público contra a sentença que os condenou a três anos de internação — que é a punição máxima permitida pelo ECA. PEC aprovada na Câmara baixou a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos e afins. Projeto de Lei aprovado no Senado aumentou para 10 anos o tempo máximo de internação.
Pois é… Os quatro, agora os três, estavam em internação cautelar. Afinal, ainda cabe recurso da Defensoria Pública e do Ministério Público contra a sentença que os condenou a três anos de internação — que é a punição máxima permitida pelo ECA. PEC aprovada na Câmara baixou a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos e afins. Projeto de Lei aprovado no Senado aumentou para 10 anos o tempo máximo de internação.
Ainda que
as duas propostas sejam aprovadas, nem uma coisa nem outra vão atingir
os três anjinhos caídos dos deputados Maria do Rosário (PT-RS) e Jean
Wyllys (PSOl-RJ). Até quarta-feira, eles tinham nas costas quatro
estupros, um assassinado e três tentativas de homicídio, tudo exercido
com os agravantes que vocês conseguirem imaginar. E estavam condenados
a, no máximo, três anos de internação. A partir de quinta, ele somam em
seu currículo mais um homicídio, igualmente planejado, executado também
com requintes de violência. E continuam condenados aos mesmos três anos.
Se, por
qualquer razão, houver um rixa entre eles, e mais um for morto, os
outros dois, somando mais um cadáver, continuarão condenados a… três
anos, mesmo com três cadáveres. Na hipótese de só restar um, idem, aí
com quatro. Afinal, está lá no ECA: em nenhuma hipótese, a internação
excederá três anos. Ah, sim: se o internado fizer 21 anos, a liberação é
compulsória.
Considerando
a idade dos agora três responsáveis por estupro quádruplo e duplo
homicídio, estivessem em vigor as mudanças propostas, o de 17 seria
julgado como adulto, e os outros dois, de 15, poderiam ficar até 10 anos
internados. Mas sabem como é… Os nefelibatas não querem. Daqui a três
anos — quem sabe menos se forem espertos e souberem fingir bondade —,
estarão nas ruas, bem longe das Marias do Rosário e Jeans Wyllys da
vida, prontos para estuprar e matar de novo. Ah, sim: também estarão com
a ficha limpa. O ECA não permite que seu prontuário seja divulgado. O
povo que vá se danar! Que morra!
É a isso que a vigarice moral chama “direitos humanos”…
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