MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 17 de julho de 2015

É claro que é preciso investigar se Lula praticou tráfico de influência


Não estou a fim de dar nó na cabeça do leitor, não! Ao contrário: estou é a fim é desfazer o nó com que certa estupidez tenta atá-lo. Abaixo, você lê reportagem da VEJA.com em que se informa que o Ministério Público abriu inquérito para apurar possível tráfico de influência praticado por Lula a serviço da Odebrecht.
Acho que a investigação tem de ser feita? É claro que acho! Não sou nem advogado nem verdugo da empreiteira. Apenas sigo princípios que orientam este blog há nove anos. Eu não mudei. Nem de lado nem de fundamentos. Vamos ver.
Lula tinha o direito de, fora da Presidência, atuar como funcionário, lobista, parceiro, propagandista ou algo assim de qualquer empreiteira? É claro que sim! Fora daquela função, sem exercer cargo público, é um cidadão como qualquer um de nós.
O problema, desde sempre, é a forma como atua este senhor, expressão do modo como age o seu partido — e é por isso que a investigação tem de ser feita, sim. Lula se reúne, desde sempre, com desassombro com representantes do governo, com presidentes de estatais, com altas figuras da burocracia.
Comporta-se como uma espécie de presidente acima da presidente, como um condestável da República. Infelizmente para o Brasil, não é segredo para ninguém que contar com a boa-vontade deste senhor pode ser útil aos negócios — para qualquer negócio. E pode ter sido assim também para o Odebrecht? Pode. Dadas as evidências da parceria, então que se apure se Lula foi apenas um propagandista da empresa no exterior ou se usou o seu conhecimento do governo e sua óbvia influência para vender facilidades.
Constatadas irregularidades, que todos paguem o justo preço por ela. Meu único compromisso, agora como antes, é com a ordem legal. É claro que o país ainda não é, assim, uma República muito convencional, não é mesmo? A cada vez que Dilma se reúne a sós com Lula e que declara que ele é um ser acima do bem e do mal, é a República que se degrada. Ninguém ignora que o ex-presidente ainda tem o domínio de boa parte da máquina pública.
Se, com essas prerrogativas, atuou a serviço de empreiteiras; se há a possibilidade de ter feito uso dessa influência para criar facilidades, então que se faça a investigação. E fim de papo!
Acabam fabricando impunidade aqueles que atropelam a ordem legal. Eu, ao contrário, defendo o triunfo da lei. Para todo mundo.
Mas atenção! Não vejo por que a investigação deva se ater à Odebrecht, não é mesmo? Tudo indica que o Lula propagandista é de amplíssimo espectro. Basta cavoucar. Quando este senhor está em pauta, vale a máxima de Dois Córregos: a cada enxadada, uma minhoca.
Por Reinaldo Azevedo

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