Um milhão de motoristas em todo o país fizeram o chamado seguro pirata
para o carro, contratando cooperativas e associações de classe. A
estimativa é do Sindicato Nacional dos Corretores de Seguros (Sincor).
As apólices são, em geral, 60% mais baratas do que as de seguros
oficiais. Segundo a entidade, o problema começa quando o segurado
precisa usar o serviço, por causa de um sinistro como acidente ou roubo.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) mapeou a ação das
associações e cooperativas que vendem seguro irregular em todo o país.
Foram identificadas 277 entidades que vendem a chamada Proteção
Automotiva, principal segmento em que atuam, em 18 estados. Outras 23
empresas são conhecidas, porém, suas sedes ainda não foram
identificadas. — Essas associações e cooperativas não são fiscalizadas
pela Susep, responsável por fiscalizar o setor, e o segurado não tem
nenhuma garantia de recebimento da indenização, em caso de sinistro —
explica Dorival Alves, vice presidente do Sincor-DF. A Susep informou
que, caso o consumidor tenha contratado um produto de cooperativas e
associações que atuam no mercado marginal, deve não somente buscar a
Justiça como também fazer uma denúncia ao órgão. — Os consumidores são
atraídos pelos preços baixos, mas é um risco enorme — avalia Henrique
Brandão, presidente do Sincor-RJ. No site da Susep,
há um link de consulta das seguradoras autorizadas. Além disso, é
possível verificar as condições contratuais de apólices, por meio de seu
número de processo, e a situação cadastral do corretor, com do número
de seu registro. (G1)
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