O setor de serviços teve o menor crescimento da série histórica
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em
1996. Com alta de 0,7%, os serviços foram essenciais para garantir o
crescimento de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No entanto,
esse crescimento de 0,7% foi inferior, por exemplo, ao observado pelo
segmento em 2013 (2,5%). Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do
IBGE, Rebeca Palis, o crescimento moderado dos serviços foi provocado
pela queda da produção na indústria e pelo crescimento, também em ritmo
mais moderado, do consumo das famílias. “Uma parte grande dos serviços
vai especificamente para as famílias e outra parte grande, para a
indústria. Na parte de despesa pessoal, até pelos preços terem aumentado
muito, houve queda no consumo desses serviços. Logo, a produção desses
serviços também caiu. Além disso, serviços mais ligados à indústria da
transformação – como o transporte de carga e o comércio atacadista –
tiveram queda no ano”, disse. Com queda de 1,2% no ano, a indústria teve
o pior desempenho desde 2009 (-4,8%), recuo puxado principalmente pela
queda de 3,8% da indústria da transformação. Entre os destaques
negativos desse segmento da indústria estão a indústria automotiva,
máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos e produtos de metal. Outro
segmento da indústria, a construção, também teve queda. O recuo de 2,6%
desse setor foi o pior desde 2003 (-8,9%). Segundo Rebeca Palis, o
desempenho mais fraco da infraestrutura em 2014 foi o que mais afetou
negativamente a construção. Com o crescimento do PIB de 0,1% em 2014, a
economia brasileira teve o pior desempenho desde 2009, quando foi
registrada queda de 0,2%.
Vitor Abdala, Agência Brasil POLITICA LIVRE
Nenhum comentário:
Postar um comentário