MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de março de 2015

MST faz protesto contra reintegração de fazenda de senador, em Goiás


Cerca de 3 mil famílias estão acampadas na propriedade há seis meses.
Eles interditaram rodovias por 5 horas; Justiça já ordenou desocupação.

Sílvio Túlio Do G1 GO
Protesto em do MST em frente a Agropecuária Santa Mônica, de Eunício Oliveira, em Goiás (Foto: Divulgação/Mídia Ninja)Protesto em do MST em frente a Agropecuária Santa Mônica (Foto: Divulgação/Mídia Ninja)
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupam a Agropecuária Santa Mônica, de propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) fizeram um protesto nesta segunda-feira (2) contra a ordem de reintegração de posse expedida pela Justiça. Desde o final de agosto do ano passado, mais de 3 mil famílias estão na fazenda, distribuída  entre as cidades de Corumbá de Goiás, Abadiânia e Alexânia.
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) já determinou a desocupação. De acordo com a Polícia Militar, uma parte dos acampados queimou pneus e interrompeu o tráfego na BR-060 e na GO-225, que passam em frente à sede da fazenda, por cerca de cinco horas. Eles pedem a desapropriação do terreno para a reforma agrária, alegando que o mesmo é improdutivo.
“Até hoje é pendente de explicações a forma como ele conseguiu acabar com as pequenas propriedades que existiam e formar esse imenso latifúndio", disse em o integrante da coordenação do MST em Goiás, José Valdir Misnerovicz, em nota publicada no site do órgão.
Ao G1, a assessoria de imprensa do senador informou que a fazenda é produtiva e que espera que a lei seja cumprida.
Decisão
Segundo informou ao G1 a assessoria de imprensa do TJ-GO, nesta tarde, foi mantida a decisão de reintegração de posse assinada pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, da Comarca de Corumbá de Goiás, em setembro do ano passado.
O medida foi ratificada pelo juiz substituto de 2º grau, Marcos da Costa Ferreira, alegando que a fazenda é produtiva e não preenche os requisitos para ser desapropriada para a reforma agrária.
Ainda de acordo com a assessoria, a desocupação deve ocorre na próxima quarta-feira (4). Cerca de 1,5 mil policiais serão encaminhados para garantir que a decisão seja cumprida.

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