MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 26 de março de 2015

IMPEDIMENTISTAS E INTERVENCIONISTAS, AFINAL QUEM SÃO OS GOLPISTAS ?





                                                              A história geralmente se repete. Durante o Regime Militar, de 1964 a 1985,todos aqueles que resolvessem  questionar a legitimidade daqueles  governos  eram taxados de “comunistas”,”subversivos”,etc.
Essa perseguição acabou nos governos civis“não-fedem-nem cheiram” de Tancredo/Sarney,Collor/Itamar,e FHC. A partir daí os “comunistas” e “subversivos” de antigamente passaram a ser tolerados e até alimentados com bom milho, organizando-se para retornar à atividade política. Mas foram barrados, espertamente, pelo PT,que se antecipou.
Assumindo as rédeas do país,com Lula da Silva, em 2003   ,o Partido dos Trabalhadores –PT, incorporou  a  antiga “paranoia” dos militares  e a virou ao avesso. Só que daí em diante haviam tomado o poder os que tomaram o lugar dos antigos “comunistas” e “subversivos”,que antes estavam,em maior número , no  antigo Partido Trabalhista Brasileiro -PTB,cujo plano havia sido idealizado  pelo General   Golbery  ,com a ajuda  do sindicalista  Lula, daí nascendo o PT, que  ficou  no lugar do PTB,como o mais poderoso  partido de “oposição”. Enquanto os governos civis anteriores“não-fedem-nem cheiram” não foram nem bons ,nem maus, o PT passou a representar a essência do mal, em todos os sentidos.
Acomodados no trono presidencial ,e tendo aparelhado todo o  Estado Brasileiro,  à “sua maneira”, nos Três Poderes,com gente “fiel” aos  novos  princípios políticos do governo (de  esquerda,”defesa” dos pobres,assistencialismo exacerbado,etc.) foi fácil mudar e inverter as “sentenças” dos militares. A partir daí,todos os que contestavam o governo passaram a seros  seus inimigos ,“reacionários”,”golpistas” , ”direitistas” e  adjetivações assemelhadas.
Quando começa finalmente a emergir a verdade sobre as falcatruas cometidas pelo pessoal do governo doPT& Cia., no âmbito da Administração Pública, Direta e Indireta,tornando-se a cada dia mais difícil a sua permanência no poder,começa  a mobilização das oposições e da sociedade civil no sentido do afastamento da Presidenta da  República,seja por IMPEACHMENT,seja por INTERVENÇÃO MILITAR,ambas medidas previstas na Constituição,
A partir daí o governo ordenou às suas bases e à imprensa comprada por eleque a melhor defesa seria  o contra-ataque ,acusando os que defendem  o impeachment ou a intervenção militar constitucional de GOLPISTAS e  palavras similares.
Verdade sejadita ,tanto o impeachment, quanto a intervenção militar,ambos autorizados na Constituição, até são passíveis de manipulação e uso como  “golpe”,mas desde que processados e julgados ,o primeiro pelo Congresso,e o segundo pelo Poder Militar,fora dos requisitos exigidos pela Constituição, ou seja, mediante  premissas irreais, falsificadas.
O melhor exemplo que se poderia encontrar é o afastamento do Presidente Collor,por impeachment,em 1992. Porventura teria havido motivos fortes o suficiente para tão drástica medida, já que, comparado ao que hojeacontece, aquelas eventuais irregularidades teriam sido brinquedinhos de criança ? Não teria havido, como hojeacusa ,com certa razão, o ex-presidente, um  golpe contra ele?
Quer isso significar, portanto, que geralmente é bastante tênue a fronteira entre o impeachment legítimo e o  ilegítimo, este  sim”golpista”. O mesmo, com certeza, pode ser aplicado na opção pela INTERVENÇÃO MILITAR ,prevista no artigo 142 da Constituição,de exclusiva competência das Forças Armadas. Também a intervenção militar pode ser legítima, ou ilegítima,golpista, dependendo da ocorrência, ou não, dos pressupostos exigidos pela Constituição para configurá-la, ou não,ou seja, de estar ocorrendo  ameaça  à DEFESA DA PÁTRIA  ou  à GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS, hipóteses  em  que as FFAAtêm a exclusiva competência de avaliar e agir, ou então, por provocação de algum dos Três  Poderes ,se for no sentido de intervir nas ameaças  ao império da LEI e da ORDEM.É nesse aspecto que geralmente as mentesconfusas se  “embaralham”, não conseguindo distinguir uma situação da outra.Esse poder constitucional das Forças Armadas foi “tentado” retirar em 1999,Governo FHC, com a Lei Complementar Nº 97. Mas essa lei é inválida porque contraria a Constituição ,como já expus em trabalhos anteriores.
Na escolha da opção entre o impeachment e a intervenção militar,dois pontos devem sobressair nessaanálise. O primeiro é sobre os efeito se a dimensão da respectiva medida. Como o impeachment afasta somenteo chefe do poder executivo,é evidente que esse poder  não será  TODO  trocado,e nem atingidos os Poderes Legislativo e Judiciário,que podem estar intimamente  mancomunados com o destituído, em vista,  principalmente, de um longo período de convivência ,inclusive  viciada, no caso presente, três mandatos  consecutivos, ou 12 anos. Dita ”reforma” poderia ficar só na aparência.
O segundo ponto estána avaliação correta dos órgãos competentes para proceder o impeachment ou a intervenção militar. O impedimento seria pelos políticos do poder legislativo federal ; a  intervenção, pelo Poder  Militar, através das Forças Armadas. A pergunta que se impõe seja respondida é : QUAL O PODER MAIS CONFIÁVEL ?  O Congresso ? As Forças Armadas? A resposta, conforme pesquisasjá realizadas neste sentido, com as quais eu concordo,  não deixa qualquer dúvida que o mais recomendado seria uma intervenção militar,que teria condições e força necessária para fazer as reformas exigidas ,não poupando nenhum dos Três Poderes, que deixaram de ter a confiança da sociedade.
Chegamos ao ponto de trazer à tona QUEM É O ÚNICO E VERDADEIRO GOLPISTA em toda essa“concorrência”. Sem dúvidanão é nenhum dos “suspeitos”, e sim ele próprio,  GOVERNO ,  e toda a sua base de sustentação, distribuída nos TRÊS PODERES.O Governo “governa” através de repetidos golpesMas são golpes de “caneta”. Tudo que ele quer fazer e as leis não permitem   ele as transforma em novas leis,revogando ,ab-rogando ou derrogando as antigas disposições em contrário. Quando lhe “dá na telha”,ele até muda a constituição com suas constantes “emendas constitucionais”, que tornaram a Constituição uma verdadeira colcha de retalhos. Mas isso ele só faz mediante a conivência dos Poderes Legislativo e Judiciário, que estão inteiramente na mão dele, o primeiro mediante compra, e o segundo mediante o poder de “nomeação”.
Enquanto estas linhas estão sendo escritas,por exemplo o Governo tem a cara de pau  de fazer mais uma das “suas”, apresentando  um pacote “anticorrupção”, que é corrupção “puro-sangue” ,e que vai ser mais um golpe contra a competência do Poder Judiciário, deixando a cargo do Tribunal de Contas da União,cujos membros são da sua inteira confiança,e que ocupam os cargos mais invejados do país, os acordos de leniência para livrar a “cara” dos corruptos  do seu partido.
É assim que eles fazem e usam as leis. Só há uma maneira de interromper esse processo, pelo menos prevista constitucionalmente.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo

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